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Torneio interestadual de peteca vai reunir público de 17 a 70 anos em Itapemirim

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Alessandro Araujo de Paula

O bom e velho jogo de peteca está sendo levado a sério em Itapemirim, que promove no domingo (5) um torneio interestadual, com amadores e apaixonados pelo esporte de várias cidades capixabas e até de Minas Gerais.

Quem quiser participar, ainda dá tempo. As inscrições se encerram nesta sexta-feira (3) às 17 horas, e podem ser feitas pelo telefone (28) 98803-0008 ou 3529-5160. É aberto a qualquer pessoa e de qualquer faixa etária.

O Torneio Interestadual de Peteca “Troféu Osvaldo Moreira Coelho” começa a partir de 8 horas de domingo na Arena Esportiva de Verão, em Itaoca. Os ganhadores receberão medalhas e troféus.

“Quem tiver interesse pode participar. Temos pessoas inscritas de 17 a 70 anos. Virão duplas de várias partes, de Rio Novo do Sul, Cachoeiro, Itapemirim, Guarapari e outras cidades. Também tem um pessoal de Minas Gerais”, explicou o professor William Nascimento, um dos organizadores.

Ele lembra que o torneio leva o nome de Oswaldo Moreira Coelho, um antigo veranista de Itapemirim, natural de Minas Gerais. É um dos precursores da peteca e ainda hoje pratica o esporte.

 

A história da peteca

O pequeno equipamento que atualmente recebe o nome de peteca vem sendo utilizado por habitantes da América do Sul e Central há séculos. Há evidências que indicam a prática antes mesmo do desembarque dos colonizadores portugueses no Brasil no início do século XVI.

Existem registros da prática de ‘jogar peteca’ em regiões, no passado, onde hoje se localizam o Brasil, o Peru, a Argentina e o México. O jogo ou brincadeira tomava forma, de acordo com a cultura da região.

A peteca original era constituída de fibras naturais, como cascas de bananeira (embira) e palhas de milho. Outras, compostas também com penas grandes e coloridas, deram origem à peteca que conhecemos hoje em sua forma esportiva.

Na língua tupi, o termo pe´teka significa “bater com a palma da mão”. Dessa forma, a peteca era jogada sem regras rígidas, sem espaços delimitados, tendo como objetivo mantê-la no ar por mais tempo possível. Há indícios que era jogada em círculos favorecendo a integração entre os participantes.

Cada povo tinha um nome para a peteca. Nas tribos indígenas bororos, era paopaó. Entre os parintins era conhecida como jitahy´gi. Os guaranis jogavam a mangá. Os povos xavantes a nomearam de tobda´é e os kaingangs a chamavam de ñaña ou ñagna.

No Brasil, o interesse pela peteca começou, inicialmente, em pequenas comunidades e povoados. Aos poucos, a peteca deixou de ser um mero objeto para se tornar um brinquedo popularmente apreciado, fonte de cultura, memória e identidade daqueles que brincavam.

A curiosidade do objeto, a experimentação da prática e as emoções geradas pelas situações lúdicas a tornaram muito apreciada em ruas, praças e parques pelo Brasil.

A brincadeira ou esporte, ainda hoje, tem como objetivo principal não deixar a peteca cair ou rebatê-la o mais alto possível. Daí surgiu a frase popular, referência sobre a atitude de resistência ou resiliência “não deixe a peteca cair”, adotada com vários sentidos, inclusive em meios corporativos.

FONTE: Confederação Brasileira de Peteca (CBP)

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