A Secretaria de Estado da Saúde(Sesa), realizou uma capacitação para profissionais de saúde sobre investigação de óbitos de dengue. De acordo com o órgão, durante o pico deste ano, entre março e abril, foram notificados em média 10 mil casos de dengue por semana. Atualmente, a média fica em torno de 1,2 mil por semana.
A médica infectologista e epidemiologista da Sesa, Theresa Cristina Cardoso da Silva, explicou que, durante o pico deste ano, entre março e abril, foram notificados em média 10 mil casos de dengue por semana. Atualmente, a média fica em torno de 1,2 mil por semana. Apesar da queda de notificações, é necessário estar sempre alerta, principalmente com a proximidade do Verão e as altas temperaturas. Em 2023, até o momento, foram 84 óbitos por dengue no Estado.
Investigação
Conhecer os protocolos necessários a serem seguidos com pacientes suspeitos de dengue, entre outras doenças causadas por arboviroses, desde a atenção primária, é primordial para a investigação posterior da Vigilância em Saúde. Uma anamnese bem feita pelos médicos e enfermeiros ajuda a nortear de forma assertiva a doença, principalmente quando há óbito.
A anamnese é o diálogo estabelecido entre profissional de saúde e paciente com o objetivo de ajudá-lo a lembrar de situações e fatos que podem estar relacionados a sua doença.
Por isso, a Secretaria da Saúde (Sesa), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e do Núcleo de Vigilância em Saúde da Regional Metropolitana, realizou nessa terça-feira (26), no Auditório do CRE Metropolitano, a segunda edição da “Capacitação em Investigação de Óbitos de Dengue”.
A superintendente da Região Metropolitana, Cybeli Pandini, lembra a importância do diagnóstico, do manejo clínico e da assistência para pacientes com sintomas de dengue desde o primeiro atendimento nas Unidades de Saúde. “Quanto mais rápido o diagnóstico for feito, mais chances tem o paciente de se recuperar”, frisou.
A chefe do Núcleo de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde de Vitória (SRSV), Gabriela Maria Coli Seidel, corrobora com o fato de que essa capacitação contínua ajuda a entender melhor o cenário geral das doenças causadas por arboviroses, porque quando se tem um óbito decorrente da dengue, por exemplo, os municípios, muitas vezes, sentem dificuldade em saber exatamente o processo para dar início à investigação dos sintomas.
“Essa investigação nem sempre é fácil, porque muitas vezes os sintomas são parecidos com outras doenças. A capacitação é para médicos e enfermeiros entenderem o que é necessário investigar para confirmar ou descartar aquele caso e, principalmente, as causas do óbito”, explicou Gabriela Seidel.
Ela ressaltou a importância de sempre seguir o protocolo, evitando o agravamento da doença, além de registrar todas as ações realizadas com o paciente no prontuário, os exames que foram realizados, as medicações estabelecidas, os sintomas revelados, as comorbidades, o histórico familiar, a internação, entre outras coisas.