Um acampamento improvisado, na zona rural de Mimoso do Sul, foi erguido, neste fim de semana, e já reúne cerca de 60 barracas. Os rumores de invasão de terras na região já estão mobilizando as forças de segurança e deixando a Prefeitura Municipal em alerta, embora nenhuma propriedade privada tenha sido invadida até o momento.
De acordo com a Polícia Militar da 15ª Cia Independente, durante um patrulhamento no bairro Pratinha, os policiais foram informados a respeito de um grupo de pessoas, entre mulheres, homens e crianças, com barracas feitas de bambu, madeira velha e plástico preto, na beira da estrada rural.
A denúncia aponta para o risco de invasão de terras, porém os policiais não viram nenhuma bandeira de movimento agrário no local.
O grupamento chegou na localidade, na madrugada de sábado, incentivado por uma mulher que mora próximo ao lugar da invasão. Ela estaria a frente do movimento juntamente com um homem que mora na localidade de Café Moça.
Populares disseram que não há liderança no grupo, somente famílias nas barracas, porém outras testemunhas disseram que estão ocorrendo reuniões em Mimoso, há dois anos, para discutir esse movimento e que o MST estaria a frente.
Eles reclamam que se sentem enganados por um dos líderes que teria arrecadado R$ 50 de cada pessoa mas não resolveu a situação das famílias, conforme havia prometido.
Alguns acampados informaram que fazendeiros estariam andando armados no local juntamente com um jagunço para colocarem fogo nas barracas. A PM orientou a ligarem para o 190, caso vejam pessoas armadas.
Vários vídeos mostrando a invasão foram enviados para a Prefeitura de Mimoso do Sul. O prefeito Peter Costa, informou à reportagem do Dia a Dia que vai acatar o que a Justiça determinar. Disse também que a invasão em propriedade particular não cabe iniciativa da prefeitura.
No entanto, ao ser informado de que as barracas foram montadas ao longo de uma via pública e que há rumores de possíveis confrontos, o prefeito garantiu que vai verificar a situação de perto. “Na via pública não vai ser autorizado”, disse o prefeito.