Somente em 2023, mais de 18 milhões de litros de esgoto sem tratamento deixaram de ser despejados no rio e nos córregos de Cachoeiro de Itapemirim. O resultado tem ligação direta com a universalização do sistema de esgotamento sanitário no município.
Sem o devido tratamento, de acordo com o gerente de operações da concessionária, Marcos Pontes, os efluentes seriam descartados no rio e nos córregos da cidade. Atualmente, 98,5% de todo o esgoto gerado em Cachoeiro é coletado e 98,15% recebe o tratamento adequado para chegar aos imóveis.
“O esgoto é coletado e tratado com alto nível de eficiência, tendo o apoio de 11 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) localizadas na sede e nos distritos. Os índices são superiores, inclusive, ao que é estabelecido pela lei do Marco Regulatório do Saneamento”, ressalta.
Ele afirma que investimentos foram realizados durante todo o ano para melhorar a qualidade do serviço à população, e que a companhia conta com processos cada vez mais tecnológicos e seguros.
“Atuamos para ampliar e modernizar os sistemas de coleta e tratamento de esgoto e o abastecimento de água no município, contribuindo para transformar e melhorar a vida dos moradores de bairros, distritos e localidades”, destaca Marcos Pontes.
Diferencial
Os números do serviço de coleta e tratamento de esgoto em Cachoeiro de Itapemirim mostram que o município ocupa posição de destaque no cenário brasileiro.
A pesquisa “Esgotômetro”, do Instituto Trata Brasil, que desde o dia 1º de janeiro de 2024 acompanha a quantidade de esgoto sem tratamento despejado na natureza, aponta que mais de 19 mil piscinas olímpicas de esgoto foram despejadas na natureza em todo o país até agora.
O levantamento tem como base os dados do IBGE de 2021 e relata, ainda, que mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente no Brasil.
Já o Ranking do Saneamento 2023, elaborado pelo mesmo instituto, com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, aponta que 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto. Além disso, somente 50% do volume de efluentes gerados recebem tratamento.
“Temos consciência de que os percentuais alcançados por Cachoeiro em relação à coleta e ao tratamento de esgoto são importantes conquistas. O saneamento produz efeitos significativos na saúde, na qualidade de vida e no bem-estar da população. Vamos continuar trabalhando com esse objetivo, realizando cada vez mais melhorias e mais investimentos”, afirma Marcos Pontes.