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Entrevista: Júnior Corrêa revela detalhes da sua decisão de ser padre

Lilia-barros-05-09-2023
Lilia Barros

Foi um ‘baque’ para o eleitorado do vereador José Carlos Corrêa Cardoso, o Juninho Corrêa, a decisão anunciada de abandonar a carreira política para se tornar padre. A reviravolta em sua vida causou comoção em seus apoiadores e simpatizantes que vibravam com a candidatura dele para prefeito de Cachoeiro de Itapemirim.

Com nome forte para as eleições 2024, muita gente ainda não conseguiu assimilar o que aconteceu para ele tomar uma decisão tão radical.

Nossa reportagem decidiu ouvir a história de vida, os acontecimentos que precederam à renúncia do mandato e os planos futuros de Juninho. Confira a entrevista:

Dia a dia – Como foi o processo dessa decisão de não ser mais candidato a prefeito de Cachoeiro? Em que momento você bateu o martelo?

Juninho – Essa decisão já vem sendo processada há 7 meses. Eu me questionava muito sobre meu lugar na política, foram vários altos e baixos até tomar essa decisão. Pensei muito, e, depois que conversei com meu pai, bati o martelo e fiz o anúncio.

Dia a dia – Ao renunciar a carreira política você já sabia que seria padre?

Juninho – Quando eu decidi, ainda não estava muito claro que eu renunciaria para ser padre, eu sabia que queria fazer algo ligado à igreja, mas neste Retiro de Carnaval do qual participei, me senti tocado a voltar ao meu primeiro amor, porque eu sempre quis ser padre sabe. Esse é o meu chamado, é isso que está na minha cabeça e no meu coração há muito tempo.

Dia a dia – Seu nome era forte para as eleições, bem colocado na opinião pública. Isso não mexeu com você?

Juninho – Havia uma pesquisa interna que mostrava que eu estava em primeiro lugar. Um portal de notícias divulgou pesquisa comigo como preferido e, conversando com políticos de renome no Estado, vi que eles tinham essa noção da minha boa colocação nas pesquisas. O que me fez demorar a decidir foi a quantidade de pessoas que me apoiaram nesse projeto de fazer uma cidade melhor.

Dia a dia – Isso pesou na hora de decidir?

Juninho – Eu ficava pensando nessas pessoas até que chegou um momento em que para mim a política já não fazia mais sentido, então preferi ser justo comigo e com as pessoas e deixar o mandato e a carreira política para não me frustrar lá na frente.

Dia a dia – Não tem medo de se arrepender mais tarde por abandonar a vida pública?

Juninho – Não tenho esse medo porque lá trás quando decidi deixar de lado o meu sonho de ser padre para poder seguir a carreira pública, eu fiz isso com medo justamente de um dia ser padre e me arrepender de não ser político, mas o mandato me mostrou que aquele era o meu chamado e não a política. Eu não quero pensar que eu vá me arrepender. Não me arrependo de ter deixado o projeto de ser padre de lado para entrar na política, até mesmo nisso o Senhor me conduziu e fez algo muito melhor na minha vida do que se eu já tivesse ido direto para padre.

Dia a dia – Fale da sua vocação, do seu chamado ao sacerdócio.

Juninho – Desde novo sempre falei que queria ser padre, principalmente depois que minha mãe me colocou no curso de coroinha. Como eu era muito arteiro, corria na igreja, aconselharam minha mãe dizendo que no curso eu iria melhorar. No primeiro encontro a formadora fez o discurso que sobre o chamado de Deus, eu levantei e falei que estava ali obrigado pela minha mãe. E acabei ficando mais de 18 anos servindo como acólito na minha Paróquia.

Dia a dia – Foi ali que tudo começou?

Sim. Começou minha vida de serviço à igreja e ali senti meu chamado, me dediquei e passei a ter alegria em servir à Igreja. A decisão de ser padre não foi de uma hora para outra. Na verdade, o que ficou muito lantente na minha memória é uma imagem minha ao lado de um padre, isso me marcou nos últimos dias, eu já não me visualizava mais como prefeito, com cargo com mandato. Por outro lado, nunca deixei de me visualizar como padre, entende? Então eu senti que esse é o meu chamado.

Dia a dia – Muita gente ficou surpresa com sua decisão. Já esperava por isso? Como se sentiu com a repercussão?

Juninho – Fiquei muito surpreso com a repercussão, eu não imaginava que tinha tanta gente depositando em mim uma esperança, nem que  as pessoas que eu já sabia que confiavam em mim ficassem tão tristes com essa decisão, tinha muita gente boa que acreditava em mim. Isso pode envaidecer a gente, por isso não posso ficar alimentando essa ideia, mas eu não esperava essa comoção de uma boa parte das pessoas.

Dia a dia – A Igreja Católica aceitou? Qual o próximo passo?

Juninho – Ainda não fui para o seminário, eu primeiro vou terminar o meu mandato, vou parar de fazer as coisas igual todo político faz, ou seja, ficar pensando na próxima eleição, não quero ter essa vida pensando no futuro, quero viver pensando no Senhor e na minha vida agora. Eu só posso dizer que agora eu vou terminar o meu mandato. Depois, eu pretendo ser padre religioso e vou procurar uma congregação, uma ordem que eu me encontre no carisma e vou dar prosseguimento, mas por enquanto o meu caminho é terminar o mandato. Posso me licenciar, mas nesse caso vou acompanhar o mandato do meu suplente até o dia 31 de dezembro.

Dia a dia – Seus pais te apoiaram? O que eles disseram?

Juninho – Meus pais sempre me apoiaram em tudo, mesmo se eles não gostassem, como na época em que entrei para a política e eles não gostavam, mas encamparam.  Meu pai chegou a dizer que nunca imaginou participar de uma passeata de campanha, mas acabou gostando porque era eu o candidato, tanto que agora ele vai se afastar da política. Com meu anúncio de ser padre, algo que eu sempre falava no passado, eles ficaram tranquilos. É claro que minha mãe é mais emotiva, ela queria que eu formasse família e desse neto para ela, mas tem minhas irmãs que vão dar netos a eles. Se eu puder ajudar espiritualmente às pessoas vai ser o mínimo que eu posso fazer.

Dia a dia – Já se apaixonou, teve que abrir mão de algum amor na vida?

Juninho – Meu amor sempre foi pela Igreja

Dia a dia – Pretende trabalhar para ajudar nos negócios da família?

Juninho – Nesse período que eu estiver aqui, até o término do mandato, eu vou continuar trabalhando na empresa do meu pai, ajudando ele nos negócios da família. Enquanto isso, vou ajustando minha vida para a nova caminhada que escolhi.

Dia a dia – Com relação ao cargo de vereador, como pretende tratar isso com seu suplente?

Juninho – Não vou renunciar, vou cumprindo o meu mandato até me licenciar para o meu suplente poder assumir. Vou combinar com ele, ver se ele se compromete a votar e seguir os posicionamentos que meus eleitores esperavam de mim; ele é do meu partido e automaticamente nossos ideais combinam, são parecidos. Claro que há posicionamentos que não temos questão fechada e ele pode ter posicionameto divergente, mas em algumas votações eu faço questão que ele me ouça antes de votar.

Foto: Divulgação

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