O chefe da Ciretran de Itapemirim, Itamar Ayub Alves, foi preso nesta segunda-feira (12) em uma nova fase da Operação Replicante, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Central) do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Ele é suspeito de integrar um esquema criminoso especializado em fraudar registros de veículos no Estado. Além dele, um suposto intermediário da organização investigada, identificado como Fabrício Alves Sales, ex-funcionário do órgão, também foi preso.
Itamar é irmão da deputada federal Norma Ayub, que não é alvo da investigação. Foram cumpridos na manhã de segunda dois mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, em Marataízes e Itapemirim. Eles foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Vila Velha. O MPES não detalhou quais as suspeitas sobre os dois presos porque a operação está em sigilo.
A operação investiga a existência de um esquema criminoso voltado para a prática de fraudes em registros de veículos no Espírito Santo, mediante inserção de dados e documentos falsos no sistema do Detran. Ao todo são investigados 895 registros de veículos. O valor da fraude é estimado em mais de R$ 100 milhões. As investigações seguem sob sigilo, com análise do material apreendido e depoimento dos envolvidos.
Segundo o Gaeco, as investigações revelaram fraudes no registro de veículos em nome de mais de 400 proprietários “laranjas”, com utilização de notas fiscais falsas contendo números de chassis correspondentes a veículos exportados ou vendidos para o Exército, bem como corrupção de servidores públicos do Detran.
A ação desta segunda é continuidade da Operação Replicante, deflagrada no dia 1º de agosto, quando 10 suspeitos foram presos. Os trabalhos contaram ainda com a participação do Núcleo de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF-ES), além de apoio da Polícia Militar (Assessoria Militar ao MPES – Núcleo de Inteligência).
O portal Dia a Dia ainda não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos presos. Itamar e Fabrício estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana 2.