A Polícia Militar prendeu um homem de 27 anos suspeito de feminicídio em Cachoeiro de Itapemirim. Ele é acusado de ter assassinado a tiros sua companheira, Graciele Oliveira da Fonseca, de 21 anos, no bairro Rubem Braga, no dia 8 de setembro.
A prisão ocorreu dentro de um hospital no momento que o suspeito visitava um familiar. A ação ocorreu após a polícia receber denúncia anônima de que ele estaria no local. A ação ocorreu no sábado (26), mas somente nesta quarta-feira (30) a informação foi divulgada.
Segundo a PM, após a denúncia, uma equipe se dirigiu ao hospital e encontrou o suspeito. Uma busca pessoal foi realizada e nenhum item ilícito foi encontrado com ele. No entanto, ao verificar os registos, a polícia confirmou que havia um mandado de prisão preventiva pelo crime de feminicídio.
O homem, ao receber a voz de prisão, negou ser o autor do crime e afirmou não portar arma de fogo. Ele foi encaminhado à 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim para os procedimentos cabíveis.
No dia do assassinato, a polícia foi acionada ao bairro Rubem Braga após informações de que uma mulher havia sido atingida por tiros dentro de uma residência. Ao chegar ao local, os socorristas já haviam constatado o óbito da vítima.
O irmão do suspeito relatou aos policiais que, na manhã do crime, ouviu os tiros e, ao verificar, encontrou Graciele no chão. Segundo ele, o irmão estava na casa da mãe, localizada acima da residência da vítima, e havia deixado o local pouco antes do crime.
A Polícia Civil iniciou as investigações. No inquérito, o suspeito foi indiciado por homicídio qualificado, na forma de feminicídio, motivado por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Nota da Defesa
Em resposta às notícias sobre a prisão, o escritório Rigo & Mozer Advogados, representando o acusado, destacou que o processo corre em segredo de justiça.
Os advogados Aline Barros Rigo e Gezio Zucoloto Mozer manifestaram inconformismo com a prisão preventiva, afirmando que a medida é excessiva e desnecessária, já que, segundo eles, o cliente colaborou durante toda a investigação.
A defesa ressaltou seu compromisso com os princípios constitucionais, como ampla defesa e presunção de inocência, e declarou confiança na justiça e no julgamento imparcial do caso.