Morreu nesta quarta-feira (6) Ademilson Rosa Valério, de 39 anos, que teve 98% de seu corpo queimado em um ataque enquanto dormia com seu filho de 8 anos na casa onde residia na comunidade de Graúna, em Itapemirim.
O crime, que aconteceu na noite de segunda-feira (4), teria sido motivado pelo fim do relacionamento entre a vítima e a principal suspeita, Raquel de Jesus, de 33 anos, que está sob custódia policial em um hospital.
A Polícia Científica informou que o serviço de transporte de cadáver foi acionado nesta quarta-feira, por volta das 14h, para o recolhimento do corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Vitória.
Segundo informações da equipe médica do Hospital Estadual Jayme Santos Neves, onde Ademilson estava internado na Serra, a causa da morte foi determinada como queimaduras graves.
O ataque
De acordo com o relato do pai da vítima à Polícia Militar, a ex-companheira de Ademilson, que não aceitava o término do relacionamento, invadiu a casa enquanto ele e seu filho dormiam.
Munida de um recipiente de gasolina, ela jogou o líquido inflamável sobre o colchão em que estavam deitados e ateou fogo. O menino sofreu queimaduras em 82% do corpo e permanece em estado grave no Hospital Infantil de Vitória.
Ainda segundo o relato, o motivo da separação seria a descoberta recente, por parte de Ademilson, de que a ex-companheira era portadora do vírus HIV, o que teria sido determinante para o término do relacionamento.
Prisão da suspeita
Após o ataque, a mulher fugiu do local, mas foi localizada posteriormente no trabalho. Segundo a Polícia Militar, ao ser encontrada, a suspeita apresentava queimaduras nos pés, canelas e coxas, além de ter marcas de queimadura nas mãos e cabelos chamuscados.
Com ela, foram apreendidos uma faca e uma caixa de fósforos, objetos possivelmente relacionados ao crime.
A mulher foi detida e levada sob escolta policial para o Hospital Evangélico de Itapemirim, onde permanece internada. Ela foi autuada em flagrante por dupla tentativa de homicídio qualificado e será encaminhada ao sistema prisional assim que receber alta médica.