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Quem sou eu?

ESCRITORAS CACHOEIRENSES - Emília Nazaré. Quem é você sem seu trabalho, sua aparência ou suas posses? Um texto para refletir sobre identidade e essência.

Acho que me lembro da última vez que respondi a essa pergunta sem falar o que eu faço. Foi lá pelo início de 2005, quando fiz o meu perfil no Orkut, uma extinta rede social que as gerações atuais não conheceram e que era bem divertida.

Deixando a nostalgia de lado, a pergunta continua a trazer desafios. Em que momento aprendemos a nos definir pelo que fazemos e, o que é ainda pior, nos esquecemos de pensar sobre quem somos? Se o que fazemos é apenas algo que aceitamos por necessidade, é justo que isso nos defina?

A desconstrução dessa ideia é um trabalho bem árduo. É mais cômodo responder, mecanicamente: “sou Fulano de Tal, profissão X, Y ou Z”. Mas onde está a sua essência? Aquilo que resta quando tudo o mais se acaba? O que resiste às convenções e, às vezes, até precisa se esconder para evitar transtornos? Esconde-se, mas continua aí!

De profissão, de carreira, podemos mudar a vida inteira! Também podemos mudar de aparência, de cidade, podemos mudar nossos gostos e nossos interesses.  E o que sobraria se acordássemos hoje sem empregos, títulos ou posses? Se todos os nossos gostos mudassem, se nossa aparência física se tornasse irreconhecível? Se soubermos analisar e buscar essas respostas no mais fundo das nossas emoções, será, então, o momento de responder a verdade que aprendemos a mascarar desde que nos entendemos por gente, porque gente que se conhece é perigosa!

Quem sou eu? Quem é você? Não sou o que faço, nem o que tenho, sou quem sou, embora nem sempre saiba como, mas saber o que não sou já é um bom começo!

Emília Nazaré. Cachoeirense adotiva morando na Grande Vitória. Observadora e apreciadora dos detalhes, das memórias e dos encantos do nosso Estado

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Respostas de 27

  1. Teria dificuldade em responder quem sou, sou tantas, concordo que é mais fácil dizer a princípio, quem eu não sou.

  2. Excelente reflexão!
    Faz-nos parar em meio a nossa automática rotina e refletir sobre nossa essência e perceber quem realmente somos.
    Emilia, parabéns pelo artigo.

  3. Que coisa mais linda! 🥰
    Excelente publicação 💞
    Logicamente não poderia ser de grande excelência se não fosse redigido por essa ilustre e linda mulher por dentro e por fora!
    Palavras são poucas pra descrever minha admiração por você e pelo seu trabalho 🌷

  4. Es como trata as pessoas; como trata os humildes; e quando se ve refletida nas pequenas coisas, simples, do cotidiano, e se sente realizada so em estar.

  5. Você é magnífica de uma sabedoria que encanta, Parabéns por tanto aprendizado e além de tudo é uma pessoa que não mede esforço para ajudar as outras pessoas, principalmente no seu convívio profissional e de trabalho.

  6. …E o que sobraria se acordássemos hoje sem empregos, títulos ou posses? Se todos os nossos gostos mudassem, se nossa aparência física se tornasse irreconhecível? Se soubermos analisar e buscar essas respostas no mais fundo das nossas emoções, será, então, o momento de responder a verdade que aprendemos a mascarar desde que nos entendemos por gente, porque gente que se conhece é perigosa! …
    – Amei esse trecho, parabéns.

  7. Que texto massa! Você conseguiu, de um jeito super leve e natural, levantar uma reflexão que pega todo mundo em cheio: quem a gente é de verdade, além do que faz ou do que coloca no currículo. Dá até um chacoalhão na gente, sabe? A leitura flui, faz pensar e até dá vontade de se olhar com mais carinho e curiosidade. Você está de parabéns!

  8. Que texto massa! Você conseguiu, de um jeito super leve e natural, levantar uma reflexão que pega todo mundo em cheio: quem a gente é de verdade, além do que faz ou do que coloca no currículo. Dá até um chacoalhão na gente, sabe? A leitura flui, faz pensar e até dá vontade de se olhar com mais carinho . Parabéns

  9. Que texto lindo e necessário, Emília! Você conseguiu transformar uma dúvida comum em uma reflexão profunda e cheia de verdade. Parabéns!

  10. Amei o texto.
    Ele nos faz refletir sobre o que de fato importa, quem somos.
    Eu não sou o eu tenho ou minha posição mas eu sou aquilo que só eu consigo enxergar quando olho pra dentro de mim.
    Parabéns Emília! aguardo o próximo texto.

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