Um levantamento dos Cartórios de Registro Civil do Espírito Santo mostra uma mudança importante nos costumes dos casais capixabas.
Em 2024, apenas 45% das mulheres que se casaram decidiram adotar o sobrenome do marido.
É um dos menores índices desde 2003, quando o percentual era de 74,8%. No ano passado, o estado registrou 22.975 casamentos.
Em 9.705 deles, a mulher acrescentou o sobrenome do marido. Há 20 anos, eram 13.648 adoções em um total de 18.239 casamentos.
Os dados foram compilados pelo Sinoreg-ES, que representa os cartórios no estado.
Para a vice-presidente da entidade, Fabiana Aurich, os números refletem mudanças profundas no papel social da mulher.
“Hoje, as mulheres têm mais autonomia e voz. Não adotar o sobrenome do cônjuge também é uma forma de afirmar essa independência”, afirma.
Homens quase não adotam sobrenome da esposa
A possibilidade de o homem adotar o sobrenome da mulher, permitida desde o novo Código Civil, continua rara.
Em 2024, isso aconteceu em apenas 220 casamentos, cerca de 1% do total. Em 2003, foram 917 casos.
Casais mantêm mais o nome de solteiro
A opção mais comum hoje é não mudar nenhum sobrenome. Essa escolha ocorreu em 49,3% dos casamentos em 2024, mais que o dobro do registrado em 2003 (21%).
No total, 11.233 casais mantiveram seus nomes de solteiro no último ano.
Já a inclusão de sobrenome por ambos os cônjuges praticamente não mudou: passou de 8,7% em 2003 para 8,5% em 2024.
Mudanças recentes na lei
A Lei Federal nº 14.382/22 tornou mais simples alterar sobrenomes. Agora é possível incluir nomes familiares a qualquer momento, desde que o vínculo seja comprovado.
Também ficou mais fácil mudar o nome após casamento ou divórcio. Filhos podem acrescentar sobrenomes quando os pais fazem alterações.
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