O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo IBGE.
O resultado mostra que a economia praticamente não saiu do lugar no período, refletindo ritmo fraco de atividade, especialmente no setor de serviços, que teve desempenho de apenas 0,1% e pesa diretamente no bolso da população.
Apesar da estagnação trimestral, o país mantém um crescimento acumulado de 2,4% em 2025, indicando um ano ainda positivo quando se olha o movimento mais longo da economia.
A expansão no trimestre foi sustentada por dois setores:
– Agropecuária, com alta de 0,4%;
– Indústria, com avanço de 0,8%.
Já os serviços, que incluem comércio, transporte, saúde, educação, bancos, bares e restaurantes, ficaram praticamente estáveis, segurando o avanço do PIB.
No total, o país produziu R$ 3,2 trilhões em bens e serviços entre julho e setembro.
Na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB cresceu 1,8%, com desempenhos positivos na agropecuária (+10,1%), na indústria (+1,7%) e nos serviços (+1,3%).
Segundo analistas do IBGE, o crescimento mais forte no campo e na mineração se deve ao fato de que esses setores são menos afetados pelos juros altos, usados para controlar a inflação e reduzir o ritmo da economia.
Pelo lado da demanda, as famílias seguiram gastando um pouco mais (+0,4%) e o governo também ampliou seus gastos (+1,8%). As exportações cresceram 3,3%, enquanto as importações tiveram variação pequena (+0,3%).
O que é o PIB
O PIB é a soma de tudo o que o país produz dentro de um período. Funciona como um termômetro da economia.
Se cresce, é sinal de atividade aquecida; se cai, indica desaquecimento.
Ele leva em conta a produção de bens e serviços finais, como alimentos, carros, roupas, atendimento médico, energia e muita coisa do dia a dia.
Fonte: Secretaria da Presidência da República
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