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Desigualdade ainda marca o acesso à internet, revela pesquisa

Segundo a pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta terça-feira (9), 86% dos lares brasileiros estão conectados.

Pesquisa TIC Domicílios mostra avanço histórico da conexão no país, porém renda, escolaridade, região e idade ainda determinam como — e se — o brasileiro consegue navegar.

O acesso à internet chegou ao maior nível já registrado no Brasil.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta terça-feira (9), 86% dos lares brasileiros estão conectados.

Este é um salto expressivo em relação a 2015, quando apenas 51% tinham acesso.

Esse percentual representa 157 milhões de usuários, chegando a 163 milhões quando entram na conta os aplicativos que usam a rede de forma indireta.

O avanço é puxado principalmente pelas famílias de baixa renda. Nas classes D e E, a conexão saltou de 15% em 2015 para 73% em 2025, com crescimento de cinco pontos só no último ano.

O cabo e a fibra óptica se tornaram o principal meio de acesso para 73% dos brasileiros. Ainda assim, a desigualdade aparece: nas classes mais pobres, apenas 60% usam essa tecnologia.

Diferenças por renda

A renda continua sendo o fator mais determinante.

– Classes A e B praticamente universalizaram o acesso, com 99% e 95% dos domicílios conectados;

– Na classe C, o índice cai para 86%;

– Nas classes D e E, fica em 73% — ou seja, um em cada quatro brasileiros mais pobres ainda fica fora da internet.

As classes D e E também são as que mais dependem exclusivamente do celular para se conectar.

Nelas, 87% navegam apenas pelo telefone, o que limita o uso de sites, serviços e conteúdos mais pesados.

A pesquisa registra ainda o crescimento do uso de serviços públicos digitais, sobretudo para consultas de saúde e emissão de documentos.

Escolaridade, idade e área de residência

O recorte territorial reforça a desigualdade: apenas 77% dos moradores de áreas rurais têm acesso. A escolaridade também pesa:

– Ensino superior: 98% usam internet;

-Ensino médio: 91%;

-Ensino fundamental: 74%.

O uso despenca entre os mais velhos:

– De 10 a 44 anos: mais de 90% conectados;

– Acima de 45 anos: 86%;

-Acima de 60 anos: 54%.

Qualidade do acesso no celular

Pela primeira vez, o estudo avaliou a qualidade dos pacotes de dados móveis.

– 55% dizem ter pacote suficiente para o mês;

– 33% relatam queda de velocidade após atingir o limite;

– 30% a 37% precisam comprar pacotes extras, número maior entre as classes D e E.

A pesquisa é realizada pelo Cetic.br, com apoio da Unesco.

Como o brasileiro usa a internet

O uso segue concentrado em comunicação:

-92% enviam mensagens instantâneas;

-81% fazem chamadas de vídeo;

-80% usam redes sociais.

Houve queda no consumo de filmes (de 77% para 71%) e no compartilhamento de conteúdo (de 67% para 62%).

O Pix aparece pela primeira vez e já está consolidado, usado por 75% dos brasileiros.

O levantamento também mediu o uso de apostas online. Ao todo, 19% usam a internet para esse fim, com destaque para os homens (25%).

Eles lideram em cassinos online, rifas, sorteios, apostas esportivas e loterias.

IA generativa ganha espaço

Pela primeira vez, o estudo investigou o uso de Inteligência Artificial generativa.

– 32% dos brasileiros já utilizam IA;

– O uso é maior entre os homens (35%);

E varia fortemente por escolaridade: 59% entre quem tem ensino superior, contra 17% entre quem estudou só até o fundamental.

A renda também pesa:

– Classe A: 69% usam IA;

– Classe B: 52%;

– Classe C: 32%;

– Classes D/E: 16%.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, 55% usam IA, índice que cai conforme a idade avança, chegando a apenas 6% entre pessoas com mais de 60 anos.

A maioria usa IA para fins pessoais (84%). Já o uso profissional é mais comum entre quem tem ensino superior (69%).

Governo digital avança, mas desigualdade regional persiste

A plataforma gov.br permanece forte: 56% da população acessa o portal. O uso varia por classe:

– Classe A: 94%;

– Classe B: 79%;

– Classe C: 56%;

– Classes D/E: 35%.

Regionalmente, o Nordeste tem o menor índice: 48% dos moradores usam o gov.br, enquanto a média nas demais regiões fica entre 57% e 60%.

Fonte: Agência Brasil

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