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Violência atinge 90% dos professores e ameaça ensino no país

O estudo defende que professores sejam reconhecidos como defensores de direitos humanos, dada a vulnerabilidade crescente da categoria.

Uma pesquisa inédita da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Ministério da Educação, mostra um retrato alarmante.

Segundo o levantamento, nove em cada dez educadores da rede pública e privada já sofreram ou testemunharam episódios de censura, perseguição ou intimidação no exercício profissional.

O levantamento ouviu 3.012 docentes da educação básica e superior.

O coordenador da pesquisa, Fernando Penna, destaca que o foco foi identificar ações que limitem a liberdade de ensinar, desde tentativas de controle de conteúdo até pressões políticas.

Violência espalhada por todo o país

A censura, segundo Penna, tornou-se um fenômeno difundido em todas as regiões e em todos os níveis de ensino.

Na educação básica, 61% dos professores relataram ataques diretos; no ensino superior, 55%.

Entre os educadores atingidos, o estudo aponta:

– Intimidação (58%);

– Questionamentos agressivos (41%);

– Proibição de temas (35%).

Também houve relatos de demissões (6%); transferências forçadas (12%); remoção de função (11%); agressões verbais (25%); e agressões físicas (10%).

Temas mais atacados

Os assuntos que mais motivam censura são:

– política (73%);

– gênero e sexualidade (53%);

– religião (48%);

– negacionismo científico (41%).

Casos citados incluem docentes impedidos de usar materiais oficiais sobre vacinação, professores proibidos de abordar violência sexual, e ataques a quem ensina teoria da evolução.

Efeitos sobre a aprendizagem

A pesquisa mostra impacto direto no ambiente escolar: 45% dos docentes afirmam se sentir vigiados, o que leva à autocensura.

Muitos relatam medo de trabalhar conteúdos obrigatórios. Segundo Penna, isso compromete a formação dos estudantes e contribui para o chamado apagão de professores, já que parte deles abandona a carreira após episódios de violência.

Quem pratica a violência

A maior parte das agressões parte de membros da própria comunidade escolar:

– profissionais pedagógicos (57%);

– familiares de alunos (44%);

– estudantes (34%);

– docentes (27%);

– funcionários (24%).

Penna explica que a escalada acompanha momentos de forte tensão política, com picos em 2016, 2018 e 2022.

Caminhos para enfrentar o problema

O relatório preliminar recomenda a criação de uma política nacional de proteção a educadores, já discutida no MEC e no Ministério dos Direitos Humanos.

O estudo defende que professores sejam reconhecidos como defensores de direitos humanos, dada a vulnerabilidade crescente da categoria.

A próxima etapa da pesquisa incluirá entrevistas em profundidade com docentes de diferentes regiões.

Fonte: Agência Brasil

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