O Brasil encerrou novembro com um marco histórico no setor de rochas naturais.
Mesmo afetado pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, o país alcançou US$ 1,35 bilhão em exportações entre janeiro e novembro, segundo a Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), o maior resultado já registrado, superando o recorde de 2021.
O desempenho representa alta de 18,7% em relação ao ano passado e confirma a força da indústria brasileira no mercado global, apesar das restrições externas.
EUA seguem líderes, mesmo com tarifaço
Os Estados Unidos continuam como o principal destino das rochas brasileiras, com US$ 735,4 milhões importados no período (+15,7%).
Mesmo assim, o tarifaço aplicado desde agosto, com sobretaxa de 50% sobre parte dos produtos, derrubou as vendas de granitos (-17,3%) e mármores (-16,5%), reduzindo a competitividade desses materiais.
A exceção ficou por conta do código HTSUS 6802.99.00, que ficou fora da tarifa extra. Nele, os quartzitos puxaram as vendas, com crescimento de 39%, ajudando a manter o avanço no mercado norte-americano.
China e Itália reforçam expansão
A China (US$ 224,8 milhões; +13,6%) e a Itália (US$ 106 milhões; +46,3%) também impulsionaram o bom resultado.
Nesses países, a maior parte das compras é de blocos brutos, que são processados localmente e reexportados para outros mercados.
Esse foi um caminho estratégico para ampliar a presença das rochas brasileiras onde a logística direta é limitada.
Internacionalização ganha velocidade
Em 2025, o setor acelerou sua expansão para o Oriente Médio, região de forte demanda e grandes projetos arquitetônicos.
A abertura de uma nova rota marítima entre o Rio de Janeiro e Abu Dhabi, reduzindo o transporte de três meses para cerca de 30 dias, aumentou a competitividade brasileira e impulsionou estudos para a criação do Brazilian Natural Stone Hub.
O Hub, que atenderá os Emirados Árabes Unidos e outros países da região, está em fase de estudo de viabilidade.
A Centrorochas assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Porto de Abu Dhabi e avalia outros emirados como possíveis sedes.
“Um ano de desafios e conquistas”, diz Centrorochas
Para o presidente da Centrorochas, Tales Machado, o recorde de 2025 demonstra a maturidade e a capacidade de adaptação do setor.
“Ele lembra que vmesmo em um ano marcado por desafios, especialmente nos EUA, o setor conseguiu mitigar os efeitos do tarifaço, abrir novos mercados e avançar no Oriente Médio.
“O recorde é uma conquista de toda a cadeia produtiva e reforça nosso compromisso com a oferta de materiais de excelência.”
O setor entra em 2026 com expectativa de ampliar a atuação direta em mercados estratégicos e fortalecer ainda mais a presença internacional das rochas naturais brasileiras.
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