Uma nuvem gigante que se formou em Muqui chamou a atenção de moradores na cidade do Sul do Espírito Santo. Um deles chegou a filmar o fenômeno e o comparou à queda d’água de uma cachoeira.
O fato foi analisado por especialistas do Instituto Capixaba de Pesquisa e Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que descartaram que a formação ocorrida em Muqui fosse uma nuvem rolo.
De acordo com o Incaper, a nuvem de Muqui é do tipo Stratocumulus, ou seja, “nuvens baixas que se formam a cerca de 2 mil metros de altitude e possuem massas arredondadas e cilíndricas, com o topo e a base relativamente planos, podendo eventualmente vir acompanhada por alguma precipitação de fraca intensidade”.
Nuvem rolo
Já a formação da nuvem rolo, segundo o Incaper, está relacionado quando há um contraste entre massas de ar de diferentes tipos, temperaturas, umidade, densidade e a brusca mudança de direção e velocidade do vento.
“Os ventos sopram de direções diferentes na base e no topo da nuvem, dando o formato circular a nuvem, formando assim uma espécie de rolo, típico deste tipo de nuvem, sendo que esta nuvem é bem extensa e disposta na forma de um arco alongado. Ela forma-se em uma altura de 100m a 300m no solo e portanto é uma nuvem considerada baixa. Essas nuvens (nuvem rolo) se formam normalmente sobre o oceano e bem próximas às regiões litorâneas”, informou o instituto.