Um alerta feito pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) sobre o cigarro eletrônico mostra que o uso indiscriminado desses dispositivos, sobretudo entre os jovens, é motivo de grande preocupação. Proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), eles são facilmente encontrados em feiras e no comércio.
Além de causarem dependência química, os dispositivos eletrônicos são responsáveis por vários acidentes por explosões das baterias, que provocam queimaduras e até morte.
De acordo com o INCA, o líquido presente no cigarro eletrônico contém nicotina, podendo provocar princípios de incêndio em residências e doença pulmonar severa, caso seja inalado.
O radio-oncologista Persio Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), aponta os prejuízos causados ao aparelho respiratório e o potencial cancerígeno dos cigarros eletrônicos.
“Nos cigarros comuns há centenas de substâncias químicas que causam doenças respiratórias e aumentam o risco de câncer de pulmão, sendo o alcatrão a mais perigosa delas. Embora não tenha a maioria dos elementos químicos convencionais, nem alcatrão, ainda assim o cigarro eletrônico está longe de não apresentar risco de câncer e de outros males”, afirma o especialista.
Persio Freitas explica que a nicotina diluída nos cigarros eletrônicos se torna perigosa a partir do momento em que é aquecida.
“Quando o propilenoglicol (líquido em que a nicotina é diluída) é aquecido, se transforma em formaldeído, que é cancerígeno. Isso sem falar nos metais pesados que esse tipo de dispositivo eletrônico possui, que causam doenças respiratórias como fibrose pulmonar, bronquite crônica e enfisema”, alerta.
O próprio INCA adverte que estudos científicos demonstram que a chance de um jovem começar a fumar cigarros convencionais quadruplica com o uso dos dispositivos eletrônicos.
De acordo com o INCA, no Brasil estimam-se 18.740 casos novos de câncer de pulmão entre homens e de 12.530 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. É o segundo mais frequente entre os homens e o quarto entre as mulheres.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV possui convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.