O gerente-geral da Prefeitura de Itapemirim, Tiago Faria Leal, informou nesta sexta-feira (31) que algumas famílias estão retornando para suas residências e que equipes do município estão iniciando os mutirões de limpeza nas comunidades atingidas, parcial ou totalmente, como Safra, Luanda, Paineiras, Rosa Meirelles, Coqueiros, Barro Roxo, Beira Rio e Limão.
Uma base de apoio foi montada na comunidade de Paineiras, com o CRAS Itinerante, para auxiliar a Guarda Municipal, Guarda Vidas, Saúde, Assistência Social, Corpo de Bombeiros e secretarias regionais. Diversas equipes estão auxiliando as vítimas, como enfermeiros, médicos, técnicos de Enfermagem, assistentes sociais, empresários, servidores e voluntários.
Até o último dia 27 a Secretaria de Saúde de Itapemirim havia realizado 53 atendimentos nas localidades de Garrafão e Santo Amaro.
Muitas famílias perderam tudo, inclusive, fogões e botijões de gás, e passaram a precisar de refeições prontas. Diante da situação, as embarcações da Defesa Civil estão fazendo o transporte de marmitas, cestas básicas e água aos desabrigados e/ou alojados nos prédios públicos.
Mapeamento
A Defesa Civil de Itapemirim, junto a um engenheiro da Secretaria de Obras do Município, está mapeando a região da Safra e adjacências para emitir laudo técnico sobre a viabilidade de retorno das famílias às suas residências, porém, orienta que, enquanto não for divulgado o resultado da vistoria, nenhum morador regresse sem autorização. Algumas famílias já foram autorizadas a voltarem.
De acordo com dados da secretaria de Assistência Social e Cidadania, até este dia 31 de janeiro havia 200 pessoas desabrigadas, 140 desalojadas, totalizando 340 afetados. Entre outros danos materiais, foram registradas aproximadamente 150 casas destruídas e 50 moradias danificadas. Este número pode aumentar, sendo possível avaliar totalmente somente após a diminuição da água.
Emergência
Por causa das intensas chuvas na bacia do rio Itapemirim, a cidade declarou situação de emergência nas áreas afetadas por inundações e alagamentos, por meio do Decreto 15.453/2020, uma vez que houve relevantes danos, sendo registrado considerável o número de desabrigados e desalojados.
Também foi declarada situação de emergência porque o fenômeno causou dano a bens públicos e privados que afetaram a agricultura e a pecuária, além de ter causado danos materiais em residências e comércios, ocasionando destruição e obstrução de estradas, pontes e bueiros, bem como, dificultou o tráfego de veículos e pessoas, deixando localidades isoladas, prejudicando o abastecimento de água potável e interrompendo a distribuição de energia elétrica, entre outros.
A situação de emergência nas áreas afetadas alcançam parte da zona rural do município. O litoral não foi impactado, estando as praias de Itaoca, Itaipava e Gamboa recebendo normalmente turistas e visitantes.