O governo do Espírito Santo decidiu suspender as aulas na rede estadual de ensino a partir desta terça-feira (17) para ajudar no combate à transmissão do coronavírus. A decisão foi anunciada pelo governador Renato Casagrande na tarde desta segunda-feira (16), durante transmissão em rede social.

De acordo com o governador, as escolas permanecem abertas até a próxima sexta-feira (20), com a presença dos diretores, prestando as orientações e adequações necessárias. Já a partir da próxima segunda-feira (23), as unidades estarão fechadas. Ele explica que a antecipação dos 15 dias das férias escolares de julho neste momento visa reduzir o prejuízo do calendário acadêmico.

Até o momento, a decisão é válida apenas para as escolas da rede estadual, mas o governo do Estado está em diálogo com o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) para que a suspensão seja estendida também para a rede privada e municipal de educação.

Casagrande destacou que durante esta semana, professores e diretores devem permanecer nas escolas para acolher os estudantes que precisarão estar presentes durante estes dias para que as famílias possam se adaptar a esse momento. “Esses profissionais deverão ficar em uma área reservada da unidade escolar para evitar muito contato, senão, essa medida não vai adiantar nada”, disse o governador.

O secretário de Estado da Educação, Vítor de Angelo, anunciou que estão sendo estudadas formas de oferecer a refeição aos alunos nesse período de suspensão. “Identificaremos escolas-polo, que ficarão abertas para servir as refeições para os que precisam”, disse.

Ainda de acordo com ele, os alunos não terão prejuízo de conteúdo, uma vez que serão recuperados, enquanto os professores receberão todas as orientações pelos diretores escolares.

Isolamento

O governador recomendou ainda que todas as pessoas com sintomas de virose, mesmo sem suspeita de coronavírus, façam isolamento domiciliar por 14 dias para evitar a disseminação de gripes e resfriados que podem tornar as pessoas mais vulneráveis ao Covid-19.

“A pessoa com virose fica mais susceptível, fragilizada. Então a nossa decisão é dar ao trabalhador essa condição de que, por prescrição médica, ele possa ficar isolada por 14 dias. Todas essas decisões são para que se diminua a circulação de pessoas, o contato entre as pessoas. Mas os procedimentos de prevenção, como a higienização das mãos ainda é fundamental para evitar a contaminação”, disse o governador.