Se estivesse vivo, Rubem Braga, considerado o maior cronista do Brasil, completaria 107 anos em 2020. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, o escritor deixou um legado impressionante que desperta homenagens por todo país e no exterior. Em sua terra natal, os centros culturais se dedicam não apenas em elevar o nome de Braga, mas também, em fomentar todo tipo de cultura e arte.
A Casa dos Braga, Patrimônio Histórico Municipal que fica na rua Vinte e Cinco de Março, Centro, é o local onde viveu o primeiro prefeito de Cachoeiro, o Coronel Francisco de Carvalho Braga, pai de Rubem e de Newton Braga, outro importante nome da Literatura. O espaço foi reaberto em 2017 e abriga uma ampla coleção relacionada à família Braga, com mobiliário original de época e obras de arte – o que atrai pessoas de todos os lugares.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), nos últimos quatros anos, o centro cultural recebeu mais de 8 mil visitas e 23 eventos artísticos, incluindo programaçõe como “Braganiano – Viva a Vida!” e “LiteraNewton”, além de saraus e de lançamentos de livros.
Atualmente, devido à crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, o horário de visitação à Casa é de segunda a sexta, de 12h às 18h. É válido lembrar que, para conhecer o local, as pessoas têm de obedecer aos protocolos de saúde.
Teatro
Outro importante espaço é o Teatro Municipal de Cachoeiro, que foi batizado com o nome de Rubem Braga. Ele fica localizado na avenida Beira Rio, no bairro Guandu, e, recentemente, completou 20 anos. Desde que entrou em funcionamento, em 28 de abril de 2000, o teatro teve inúmeras apresentações nacionais, estaduais e locais, entre peças e espetáculos de música e de dança. Nos últimos três anos, mais de 87 mil pessoas curtiram os cerca de 430 espetáculos realizados no palco do teatro.
O espaço é reconhecido como um dos centros culturais mais importantes do Sul do Estado, contribuindo de maneira fundamental para a produção local e para ampliar o acesso dos moradores da região a atividades artísticas e aos bens culturais. Espetáculos inesquecíveis com artistas consagrados, como “O avarento”, primeiro espetáculo nacional exibido na casa, estrelado por Jorge Dória; “Dona Flor e seus Dois Maridos”, com Marcelo Faria, além de uma apresentação com o comediante Chico Anysio, marcam a história do Teatro.
Devido à enchente que atingiu Cachoeiro, no início de 2020, o teatro foi, severamente, danificado. Também por causa da pandemia de Covid-19, atualmente, o espaço está fechado. No entanto, a Secretaria Municipal de Modernização e Análise de Custos (Semmac) está elaborando um projeto arquitetônico para a restauração do espaço, com a preocupação de garantir a acessibilidade do teatro, conforme preconizado pela legislação adequada, e com as melhorias necessárias para o funcionamento.
Bienal Rubem Braga
Outra importante realização cachoeirense que leva o nome do maior cronista do Brasil é a Bienal Rubem Braga, o maior evento literário do Espírito Santo. Em 2018, foi realizada a sétima edição do evento, que atraiu cerca de 50 mil visitantes. A oitava edição estava marcada para ocorrer neste ano, mas também teve de ser cancelada por causa da pandemia.
“Tudo que desejamos é que a situação mundial melhore, para que possamos voltar a frequentar e aproveitar bem esses espaços culturais tão significativos. Eles permitem, entre outras formas, homenagear esse grande homem, tão importante para a história e para a cultura de Cachoeiro e do mundo. Continuaremos celebrando Rubem Braga e seu legado com alegria e orgulho”, ressalta a secretária municipal de Cultura e Turismo, Fernanda Martins.