O documentário-ficção “Os Olhos de Ivan”, baseado na vida do carpinteiro naval Ivan Santana, que construía barcos e navios de grande porte na década de 1940, terá pré-estreia neste sábado (28) às 17h na Loja Maçônica da Barra de Itapemirim, em Marataízes.
Produzido e dirigido pelo cineasta Zé Peixoto com recursos da Lei Aldir Blanc e o apoio da Secretaria de Cultura de Marataízes, o filme é ambientado no Porto da Barra no ano de 1943.
Recria momentos da vida do homem que completaria 100 anos em 2021 e tem roteiro e direção de Zé Peixoto, e ao retratar a vida do carpinteiro naval, mostra a história da própria região do porto, local a que dedicou sua vida e morava com a família.
Os expectadores serão contemplados com cenários naturais como o velho Trapiche, a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, o Palácio das Águias ou a antiga Oficina da Estrada de Ferro de Itapemirim.
Elas se fundem às imagens exuberantes do Porto da Barra e do Rio Itapemirim com suas garças e manguezais, em cenários deslumbrantes que servem de pano de fundo para ilustrar fatos históricos que destacaram essa região como a mais promissora do Espírito Santo.
Zé Peixoto destaca que é um privilégio trabalhar com cinema e audiovisual porque não precisa pensar que um dia deve se aposentar.
“Essa profissão é uma cachaça que você pode beber até o fim, ainda mais se tiver o privilégio de passar o ofício para o pessoal mais jovem. Nada melhor que dividir com os demais a minha vivência em arte visual, roteiro, cinema e televisão! ”, afirma o cineasta.
Entre a produção artesanal e industrial
Segundo o produtor de “Os olhos de Ivan”, apesar da estrutura de realização do documentário ter ficado a meio caminho entre o cinema artesanal e uma produção de formato industrial, o projeto foi concebido a partir de um roteiro capaz de adequar seu baixo orçamento ao potencial de belíssimas locações naturais em Marataízes.
Apesar do baixo orçamento, destaca, o apoio da Secretaria de Cultura do município contribuiu para que a produção do documentário tivesse um alto rendimento de sua equipe técnica, totalmente focada no projeto.
“Aqui fazemos de um limão uma limonada, e no final a gente se dá conta que tudo é uma questão de planejamento”, afirma Ivilisi Soares, produtora executiva e parceira na elaboração de todo o processo de produção do documentário.
Já na opinião do diretor de produção, Walmir della Cruz, tudo é possível quando existe um detalhamento preciso do projeto.
“Talvez, por ser artista plástico, sempre vi o documentário como uma pintura. A imagem é só aquilo que cabe dentro do quadro. Em “Os olhos de Ivan” toda a equipe técnica tinha um mesmo olhar neste sentido”, enfatiza della Cruz.
Já segundo o roteirista, produtor e diretor do projeto, um dos pontos essenciais da produção foi poder contar com uma equipe jovem e com muita garra de fazer e aprender fazendo.
Zé Peixoto ressalta que não se pode esquecer o papel fundamental da arte entre os jovens, pois estimula a formação de novos públicos e o gosto pelo cinema, além de revitalizar o valor da cultura como parte fundamental da identidade do cidadão”
Peixoto destaca que o filme pode ser visto como um mosaico de situações cotidianas, que ilustram uma crônica social e política do sul capixaba durante a década de 40 do século passado.
“Cada um destes cenários exuberantes serve de pano de fundo, para ilustrar fatos históricos que destacaram essa região como a mais promissora do Espirito Santo, até entrar em decadência, a causa do assoreamento do Itapemirim e da transferência do comércio para outras regiões do estado”, frisa.
Segundo o produtor, em paralelo à recriação de “causos” pitorescos de Ivan Santana, e aos relatos históricos de um mundo mergulhado na Segunda Guerra Mundial, o filme intercala trechos de entrevistas com membros da equipe de filmagem.
Estas entrevistas, colhidas em plena pandemia da Covid 19, revelam acontecimentos inesperados durante a produção do documentário, e retratam o impacto da morte diante das vítimas do coronavírus.
“Não é exagero afirmar que o documentário acabou se transformando em uma importante denúncia contra o descaso e o abandono, do patrimônio material e imaterial em nosso país, refletindo sobre a necessidade de ações concretas e urgentes para a preservação de nossa memória histórica”, destaca a produtora executiva Ivilisi Soares.
Rodado em Marataízes, com uma equipe técnica inteiramente da região, o filme apresenta um tratamento visual e sonoro de grande rigor estético, e apresenta o ator Glauber Diego no papel de Ivan Santana, com a participação especial de Marya Salvatierra.
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ESTREIAS
MARATAÍZES
28 de maio, às 17:00, no Auditório da Fraternidade Feminina, Rua Sete de
Setembro, 345 – Barra do Itapemirim
ITAPEMIRIM
18 de junho, às 18:00, no Auditório da UAB Universidade Aberta do Brasil,
Avenida Cristiano Dias Lopes, S/N – Itapemirim
CONTATO
Zé Peixoto (28) 35323911 / (28) WhatsApp (028) 988080957 / jlnunespeixoto@gmail.com
Ivilsi Soares WhatsApp (28) 999779989/ ivilisisoares@hotmail.com