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A árvore que fede, mas faz bem: o chichá-fedorento da Praça de Fátima

Se por um lado incomoda, por outro o chichá-fedorento guarda segredos interessantes. Segundo o Museu Nacional da UFRJ, a planta possui propriedades medicinais.

Quem passa pela Praça de Fátima, no Centro de Cachoeiro de Itapemirim, dificilmente fica indiferente.

No ar, um cheiro forte, que muita gente confunde com esgoto, faz torcer o nariz de pedestres e visitantes.

O “culpado” é o chichá-fedorento (Sterculia foetida), uma árvore asiática que ganhou espaço no Brasil como planta ornamental.

Cheiro ruim, mas sem perigo

Apesar da fama de fedida, a árvore não faz mal à saúde. O biólogo Daniel Gosser Motta, vice-presidente do CRBio-10, explica que o odor é passageiro e dura apenas a época da florada.

“É um incômodo temporário, que em média dura um mês. Quando os frutos começam a se formar, o cheiro desaparece”, tranquiliza.

Uma aliada escondida na floresta urbana

Se por um lado incomoda, por outro o chichá-fedorento guarda segredos interessantes. Segundo o Museu Nacional da UFRJ, a planta possui propriedades medicinais e já foi usada como diurético natural, repelente de insetos, antifebril, antiparasítico, anti-inflamatório, antifúngico, antibiótico e até antiviral.

Na natureza, ela também tem seu papel. “Algumas aves e morcegos se alimentam dos frutos e sementes dessa árvore”, lembra o biólogo.

Mais que isso, o biólogo destaca que esse cheiro atrai insetos polinizadores, como moscas e abelhas.

“Elas carregarão seus pólens de uma flor para outra, garantindo que os gametas masculinos e femininos dessa planta se encontrem”, destaca.

Paulo César de Oliveira, conhecido como Paulo Beleza, coordenador da Praça de Fátima, diz que normalmente, no mês de agosto, essa árvore exala esse forte mau cheiro.

“Essas florzinhas que caem no chão têm cheiro de fezes. Eu trabalho aqui há nove anos e sempre, no mês de agosto, lidamos com isso. Um biólogo esteve aqui e esclareceu esse problema. Foi bom porque as pessoas atribuem à falta de limpeza dos banheiros”, frisa.

Manter ou trocar?

O debate que fica é: vale a pena manter o chichá-fedorento em áreas públicas? Para o biólogo, o ideal seria priorizar árvores nativas da Mata Atlântica, como ipê-roxo, ipê-amarelo e quaresmeira, que além de lindas não têm esse efeito colateral olfativo.

Entre flores, frutos e cheiros, o chichá-fedorento segue dividindo opiniões. Pode até incomodar por um tempo, mas prova que a natureza tem muitas formas de se fazer notar — nem sempre pelas mais agradáveis.

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