Finalizando a nossa entrevista sobre astrologia com a professora Nathália Maciel, vamos falar entre outras coisas sobre a interferência da lua não apenas nas marés, mas também nos sentimentos.
E quem nunca ouviu falar que as fases da lua influenciam nos partos? A professora acredita firmemente nisso.
“O nosso corpo é composto de quase 80% de água, então a gente é muito ligado às fases da lua, nós somos seres cíclicos, a natureza é cíclica e nós estamos inseridos na natureza”.
Nathália ressalta que a astrologia a ajudou a ampliar muito essa questão. “Quando eu estava grávida todo mundo falava que lua cheia era tempo de ter muito parto. Passou a lua cheia e pensei: a Lia resolveu não vir dessa vez”.
Mas foi exatamente numa mudança de lua, quando os estudos dizem que a mulher costuma parir nesta fase, que o parto aconteceu.
“Era mais uma prova de quão cíclicos nós somos. Então quando a gente entende e começa a olhar com mais cautela, a ter mais respeito pelas coisas que estão ao nosso redor, a compreender porque as coisas estão acontecendo, a não resistir a mudanças, a perceber tudo, a vida passa a ter muito mais sentido”.
Tudo porque, segundo a estudiosa, você passa a saber para onde quer caminhar. “Você sabe o que você vai encontrar no final da jornada. Mas a astrologia não é uma caixinha que vai te responder todos os questionamentos. Ela vai te dar um direcionamento e a vida vai acontecer, e aí você vai utilizá-la para tentar entender mais aquilo que está ali em volta de você”.
Existem pessoas pré-destinadas a serem astrólogas?
Outra abordagem importante que Nathália faz questão de destacar é de que ninguém precisa ter medo da astrologia e que ninguém nasce com nenhum dom para ser astrólogo.
“Ser astrólogo não te faz um mago, muito pelo contrário. E para ser astrólogo o que você precisa é ter muita presença no lugar onde você vive, na natureza, entender e tentar ser um pouco mais compreensivo com as coisas que acontecem”.
Mas, destaca, existe formação, controle, escolas de astrologia. “Então nada disso tem a ver com religião. A gente está falando de estudos. A gente não está falando de magia”.
E diz mais. “Ninguém nasce com o dom de ser astrólogo. Para ser astrólogo tem que estudar muito. São muitas ciências envolvidas, você tem que ter boa noção de literatura, um bom repertório filosófico, um bom repertório da psicologia”, enfatiza.
Além disso, ressalta, é preciso estudar muito com astrólogos profissionais, e não com aqueles que se formaram pelo Instagram, pois se forem observados os astrólogos de referência, percebe-se que a caminhada deles é de muito mais de 20, 30 anos.
“Eu tenho algumas literaturas e me considero uma estudante de nível bem básico, eu sei algumas coisas e faço alguns mapas para alguns amigos, até mesmo para testar o meu conhecimento, mas ainda tenho um caminho muito longo pela frente.
SAIBA MAIS
Mapa natal e trânsitos astrológicos
– É sempre necessário observar o mapa natal junto com os trânsitos astrológicos. Isso quer dizer que é como o céu do momento se configura e quais sãos as influências dentro do seu mapa natal;
– A astrologia acabou sendo classificada e deixada de lado como não ciência justamente por trazer uma necessidade de interpretação e união de muitas outras ciências.
– A história registra que o matemático Kepler fez o seu próprio horóscopo para fazer algumas predições, de acordo com os seus estudos;
– O mesmo aconteceu com Isaque Newton, e alguns outros cientistas, e algumas outras pessoas pertencentes à nobreza europeia nesse período, que também começou a aderir à astrologia;
– Existe um trânsito astrológico muito forte de Plutão, que é o planeta da transformação, em Capricórnio. Esse trânsito já aconteceu em algum outro momento;
– Astrologia é toda uma interpretação, aliada à reflexão do que está acontecendo. É nesse momento que os astrólogos recorrem á Filosofia, Sociologia, Literatura, muita literatura, porque é uma interpretação de textos e símbolos constantes;
– Para compreender um trânsito astrológico é preciso saber porque esse padrão se repete;
– Astrologia e religião não têm nenhum tipo de ligação.