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A beleza dos dias comuns

escritoras-cachoeirenses2-07-01-23
Escritoras Cachoeirenses

A vida se desenrola na simplicidade dos dias comuns. Ao abrir os olhos de manhã, é o mesmo ritual: o aroma forte do café preto, que me arranca da cama quentinha, a rotina de me preparar para o trabalho, enquanto a claridade encontra as frestas da janela. Atividades que, à primeira vista, parecem banais, mas que carregam em si um pouco da essência do viver. Há sempre algo de mágico escondido na repetição cotidiana – pensei numa segunda-feira de manhã.

No caminho para o trabalho, vejo um desfile de cenas que, a cada dia, apresentam-se como novos episódios de uma série na TV paga. Barulhentas crianças, amontoadas em direção à escola, algumas ávidas pelo saber, outras, talvez, não tanto. Os amantes intrépidos da academia, malhando logo cedo, garantindo aquela dose de endorfina para começar o dia com energia ou apenas aquela foto para postar nas redes sociais. As pessoas num vai e vem, indo para seus trabalhos, cada uma com sua história, cada uma com sua rotina. Os carros, num fluxo contínuo, em um balé mecânico, nem sempre sincronizado, que se desenrola nas avenidas. Eu, com meu café preto, forte e sem açúcar, sigo meu caminho, contemplando o céu que, no alvorecer, transforma-se em um tapete rosado de nuvens fofinhas espalhadas pelo horizonte.

A estrada, minha companheira fiel, testemunha ocular dos muitos quilômetros percorridos diariamente até o trabalho, já conhece, pelos pneus, se estou bem ou mal, naquele dia… E o que dizer do pôr do sol? Magnífico espetáculo que vejo pelo retrovisor do meu carro. O céu dourado se desdobra ao longe, enquanto a noite vem mansa à minha frente. Os dias passam, as rotinas se repetem, mas há uma certa beleza nisso. É preciso ter um olhar atento para as percepções que saltam diante dos nossos olhos.

Não se trata de fantasiar uma realidade desconexa, mas de amenizar a dureza dos conflitos e das preocupações que, muitas vezes, cegam-nos para o extraordinário escondido no comum. Cada instante, cada pequeno gesto, cada cena corriqueira, tem seu próprio encanto, basta que estejamos dispostos a enxergar.

E assim, nos dias comuns, encontramos a magia. Não apenas nos grandes eventos – esses com certeza são maravilhosos, mas também há encanto nas pequenas maravilhas que a vida nos oferece, diariamente. Há uma beleza silenciosa na rotina, uma poesia discreta nos momentos ordinários, milagres diários. Basta olharmos com atenção e sensibilidade para percebê-las.

Raquel Poleto Fonseca. Nascida em Cachoeiro, contadora, escritora, integrante do projeto Escritoras Cachoeirenses

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