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“A gente quase morre do coração de tanta emoção”, diz mãe de Dan Abranches

Andréia Pegoretti

A publicitária Cláudia Abranches Silva Dalto está que não cabe em si. Também pudera. Não é todo dia que se vê um filho se apresentando em rede nacional e encantando público e medalhões da música brasileira como Lulu Santos.

Cláudia, de 52 anos, é mãe do cachoeirense Dan Abranches, 28, o participante do “The Voice Brasil” que na última terça-feira (20) deu mais um passo importante no programa da Rede Globo, classificando-se para a próxima etapa após vencer a “batalha” contra sua oponente da vez na atração, Carol Coutas.

Nesta entrevista exclusiva para o portal Dia a Dia ES, a mãe do talentoso músico relembra o começo da carreira do filho e destaca o orgulho que sente da “cria” – “muito focado, determinado, técnico” –, as expectativas e a importância de “se manter sempre com o pé no chão”, traço marcante do artista capixaba.

Ela também comenta sobre a fase de adaptação por que passou, já que Dan antes era conhecido como Danielle Abranches e resolveu assumir sua identidade masculina na vida profissional também.

“Tenho muito respeito pelo caráter, pela personalidade, pela conduta dele”, fez questão de frisar a mãe.

Como foi ver a vitória de Dan na batalha da última terça?

Cláudia Abranches: Estamos bem emocionados e felizes, porque desde os 15 anos que ele vem nesta caminhada de estudar, de se dedicar à música. É um reconhecimento pelo trabalho dele.

E a ansiedade? Como você vem trabalhando? Está conseguindo dormir à noite?

(Risos) Mais ou menos. O coração acelera, aperta. Porque a gente não quer criar uma expectativa, mas ao mesmo tempo isso é inevitável. Ele é muito talentoso, focado, técnico, mas também muito tímido. Então a gente sofre muito (risos). Sempre foi muito tímido. Até porque ela compõe, né. Então sempre foi muito fechado. Parece contraditório, mas é real.

Você sempre acreditou no talento do Dan? Sempre incentivou?

Sempre acreditei. E sempre incentivamos. Não tinha nem como não incentivar. Estava na veia. Eu sou publicitária, mas ele vem de uma família que tem a raiz toda cultural. É neta do Maurílio Coelho, da fábrica de pios [museu de artesanato em Cachoeiro famoso por instrumentos que imitam os pios de pássaros da região]. Eles [a família paterna de Dan] têm histórico de trabalho em música, de arte. Têm muitos dons e talentos. E do lado de cá, da minha família, o meu bisavô era maestro.

Ela tem muito da família do pai. Tem muito da genética. A genética é boa. Mas tem também a questão da determinação, do foco, e isso vem muito de mim. Sou muito focada e determinada com o que eu quero. Eu faço acontecer, e ele faz acontecer.

Você tem algum ritual antes da apresentação de Dan para dar sorte?

Não, eu só peço a Deus que possa fazer aquilo que esteja dentro da vontade dele. Que ele possa abençoá-la dentro do esforço dela. Porque existe um trabalho, e todo trabalho é recompensado. É um trabalho árduo, não é um trabalho fácil. A caminhada é longa. Sofrida. De muita renúncia. Acredito que Deus abençoará aquilo que está no coração da gente desde que a gente se esforce para tal. Dan tem um caráter ilibado, é muito focado. Desde o primeiro momento falei pra ele que já é uma vitória ter esta visibilidade. É reconhecimento. O que vai dar daí pra lá não importa. É uma grande vitrine.

Ela já é uma vitoriosa por já ter chegado até aqui, com toda aquela timidez, mas também com toda aquela determinação e técnica. Porque tudo aquilo ali é estudo. Não é só talento. Porque às vezes a gente vê muito talento em uma pessoa, mas a pessoa se perde na questão da busca. Pensa que só porque tem o talento não precisa ter o conhecimento, a renúncia. Essa parte da disciplina de Dan vem muito de mim. Sou muito de renunciar para fazer aquilo que tenho de fazer.

Esperava que Dan chegasse tão longe?
Como mãe, esperava, apesar de ter um pouco de medo da frustração, da decepção. Não por mim. Mas o bom é que ele tem o pé muito no chão. Até porque nem foi Dan que se inscreveu [no The Voice]. Foi um amigo que inscreveu Dan. Não partiu da gente, partiu de um amigo. Isso tudo também surpreende. Alguém foi e acreditou.

Você sempre percebeu o talento em Dan?

Sempre, desde a infância. Quando era pequenininha, ela colocava a cabeça para o lado de fora do carro e vinha cantando uma música de Chitãozinho e Xororó. Mas ela é bem roqueira. O estilo é bem alternativo, de uma personalidade própria. Não tem a veia comercial. No trabalho autoral, a personalidade ali é muito forte.

Você acompanha Dan nas viagens?

Às vezes, quando posso. Já teve um tempo em São Paulo, um tempo em Portugal. Eu também tenho uma vida muito corrida de viagem, trabalho no Google. Dan tá bombando nas redes sociais. No primeiro dia, já aumentou muito [o número de seguidores] no Instagram.

Você gostou da escolha de Dan por Lulu Santos como técnico?

Amei, amei. Lulu era o que ele ouviu na infância. Era o que a gente ouvia. É um grande produtor. Não desmerecendo o Michel Teló, que ganhou quatro edições do “The Voice”, mas Dan ouvia muito o Lulu. Tem uma questão de afinidade.

Assistiu ao programa sozinha ou com alguém?

Com meu marido. A gente quase morre do coração de tanta emoção. A gente quer ver o programa, depois não quer ver. Pensa em ver só o resultado, muda de ideia em seguida. O telefone começa a bombar, as redes sociais também. E você quer responder, mas não dá conta. Eu tava em Vitória, não tava vendo a reação da minha família, da minha mãe, dos meus irmãos. Cheguei a Cachoeiro agora [quarta-feira, 21, pela manhã], mas estava em Vitória.

Dan tem muitas lembranças de Cachoeiro?

Tem. Gosta muito daqui. Estava aqui, inclusive, esses dias. Já tocou no Festival de Muqui, no Festival de Vargem Alta.

Às vezes você fala ele, às vezes, ela [para se referir a Dan]….

O certo é ele. Foi uma decisão virar ele. Sempre teve a tendência, a gente percebia. Mas a identificação como “ele” faz pouco tempo. Não que não fosse ele antes, mas é mais a questão de assumir mesmo essa identidade. Eu amo meu filho e quero que ele seja feliz. Agora não falo nem ele nem ela, falo “Dandan”, porque desde criancinha era Dandan.

Faz quanto tempo essa decisão de Dan de optar por ser identificar no masculino?

Tem algum tempo, mas tá muito forte agora, com a projeção da mídia. Teve de se posicionar ainda mais, mas Dan já se posicionava bem. Teve de mostrar que quer ser chamado de Dan [antes, o nome artístico era Danielle]. Tenho muito respeito pelo caráter, pela personalidade, pela conduta dele. As escolhas são de cada um. Quando ele falou das suas decisões para mim, eu disse: “Tudo bem, sua mãe te ama. E vai continuar amando”.

Hoje vocês moram em Vitória, né?

Sim. Praticamente Dan foi criada em Vitória. Mas morou um tempo em Cachoeiro. Quatro anos atrás, mudou-se para Cachoeiro e morou por três anos aqui. Depois foi para Portugal, depois voltou. Temos uma passagem por Cachoeiro e Vitória. A gente tem casa lá e cá. A gente fica dividido. Dan foi para Vitória muito pequeno, com três meses de vida. Mas depois morou aqui. Morou em Cachoeiro por diversas vezes. Tanto a família materna quanto a paterna moram aqui.

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