Uma casa que abrigava idosos, dependentes químicos e pessoas com problemas psiquiátricos foi interditada nesta quinta-feira (19) em Itaipava, município de Itapemirim. Um casal que seria responsável pelo imóvel foi detido e levado para a Delegacia de Polícia.
A ação teve a participação da Polícia Civil, da Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social e Cidadania, Vigilância Sanitária e demais equipes da Secretaria de Saúde do município.
Dentro da residência estavam 12 internos, sendo 11 homens e uma mulher. Outra mulher foi encontrada no imóvel e afirmou ser filha de uma interna. Com ela estavam duas crianças de 2 e 7 anos. Todos estão sendo direcionados para casas de parentes ou instituições legalizadas.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a Vigilância Sanitária do município recebeu denúncia da existência do abrigo ilegal. A equipe foi ao local na segunda, no entanto, a dona da residência alegou que o imóvel foi alugado para veraneio e não deixou a fiscalização entrar.
No entanto, pouco tempo depois a equipe de enfermagem da unidade de saúde do bairro atendeu um idoso que foi fazer curativo e ele revelou, na ocasião, que estava em uma casa de terapia.
O fato gerou suspeitas. Na quarta, a equipe da Vigilância Sanitária voltou ao local com a enfermeira e o médico da unidade, mas também não foram recebidos.
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Nesta quinta-feira (19), eles retornaram acompanhados da Polícia Civil e de outros órgãos do município.
De acordo com o delegado de Itapemirim, Djalma Pereira Lemos, o abrigo não possuía nenhum tipo de autorização para funcionamento. Também não contava com serviços médicos, enfermaria, cozinheira e segurança. Inclusive oferecia risco, por ter escada.
No local foram encontrados muitos medicamentos, alguns fora de suas embalagens, e sem a descrição de nome, dosagem e validade.
De acordo com o delegado, na cozinha não havia comida insuficiente para o número de pessoas que residia na casa.
Djalma explicou ainda que a mulher detida ficava com alguns cartões e recebia transferência de familiares de pacientes. A reportagem não conseguiu contatar os responsáveis pelo abrigo.