Na despedida do cantor e compositor Raul Sampaio, 93 anos, amigos e familiares fizeram uma seresta ao som de violão para homenagear o autor do Meu Pequeno Cachoeiro.
Raul, que estava residindo em Marataízes, morreu na quarta-feira (26) no Hospital Unimed, em Cachoeiro de Itapemirim e foi sepultado na quinta (27) no Cachoeiro Cemitério Parque, bairro IBC.
“Sou muito grato por ter tido essa convivência. Raul nos deixa um legado de vida. Uma pessoa muito humana. Teve uma vida longa. E em pelo menos 90 destes anos foi uma vida cheia de saúde, poesia, música e arte”, disse o músico Adilson Dilem dos Santos, amigo de Raul há cerca de 40 anos.
Adilson conduziu com outro amigo a seresta, que reuniu sucessos de Raul, como “Meu Pequeno Cachoeiro”, “Eu Chorarei Amanhã”, “A Carta”, “Quem eu Quero não me quer”, “Meu pranto rolou” e “Lembranças”.
“Raul Sampaio tem uma importância muito grande na nossa história, na nossa música popular brasileira, na nossa cultura. É um dos grandes nomes cachoeirenses. Vai fazer uma falta muito grande”, disse o prefeito Victor Coelho, que esteve presente no velório.
Para o filho de Raul, José Cocco Neto, o pai foi um vencedor. “Ele teve uma vida simples, mas bem vivida. Conquistou espaço na música brasileira. Foi um vencedor. Saiu de uma cidade pequena, chegou ao Rio de Janeiro e hoje é, indiscutivelmente, um dos maiores compositores brasileiros”, ressaltou.
Já o sobrinho, Marcos Cocco, lembrou que entre os familiares Raul Sampaio era uma pessoa comum. Ele no entanto defende que a história de seu tio se confunde com a de Cachoeiro. “Foi graças à música que ele fez, que Cachoeiro ficou reconhecida internacionalmente”, disse.
Na próxima quarta-feira (2), haverá homenagem na primeira sessão da Câmara Municipal. O presidente da Casa de Leis, Brás Zagotto, anunciou que chamou músicos para cantar e tocar a canção Meu Pequeno
Cachoeiro, que é o hino oficial do município.