Logo após a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmar a morte da professora Flávia Amboss Merçon Leonardo, 38 anos, quarta vítima dos ataques às duas escolas de Aracruz, amigos e lideranças usaram as redes sociais para se solidarizar com mais essa perda.
Flávia era professora da escola Primo Bitti, a primeira a ser atacada, e estava internada na UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), na Serra. Ela havia passado por cirurgia na UTI e se encontrava em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na tarde deste sábado (26).
Já haviam morrido, vítimas dos disparos, as professoras Cybelle Passos Bezerra Lara, 45, e Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48, ambas da escola Primo Bitti, além da aluna Selena Sagrillo Zucoloto, 12 anos, que estudava no Centro Educacional Praia de Coqueiral, outro colégio atacado.
Além de atuar no magistério, Flávia era militante do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB-ES), que defende as famílias atingidas pelos desastres, como o rompimento da barragem de Brumadinho, ocorrido em janeiro de 2019.
“Infelizmente a tragédia em Aracruz ainda não chegou ao fim. Com profundo pesar confirmamos o falecimento de mais uma vítima, a professora Flávia Amboss Merçon, de apenas 38 anos. Nosso abraço solidário à família e aos amigos”, disse o governador Renato Casagrande.
O movimento em que Flávia atuava também se manifestou: ” O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem a público se solidarizar com a família de Flávia Amboss Merçom, professora e militante do MAB no Espírito Santo, e a toda a militância no estado. Flavia foi mais uma vitima do ataque em Aracruz (ES) e não resistiu após uma serie de intervenções cirúrgicas”.
A amiga Aline Trigueiro também se despediu de Flávia. “Professora dedicada, foi vítima do ódio e da violência, justo ela que era sempre em prol do amor e pela paz. Há momentos em que não existem palavras para dizer o que estamos sentindo, um misto de dor, raiva, tristeza, indignação, angústia… quando nos sentimos incapacitados diante de algo perverso, injusto e cruel. Não era para ter acontecido. Desejo que Flavia siga para um lugar de paz, que siga num caminho de luz”.