O dia está sendo de muita aglomeração de pessoas e filas desde o início da manhã desta segunda-feira (6) em Cachoeiro de Itapemirim e em Mimoso do Sul, no Sul do Espírito Santo, apesar do decreto de fechamento do comércio devido à pandemia de coronavírus.
Em Cachoeiro de Itapemirim, as filas se concentram mais na região da Rua Capitão Deslandes, no Centro. No trecho havia pela manhã quatro pontos de aglomeração: em frente aos bancos Itaú e Bradesco, Lotérica 7 de Setembro, e no Aqui Mais, correspondente do Banco do Brasil.
A funcionária pública Sandra Regina Lupim Santos, 57, ficou preocupada com a situação pois sua mãe tem 83 anos: “O recebimento no banco é por biometria. Então estou com esse problema, só ela pode receber”, ressaltou.
Com 66 anos, o aposentado Sebastião Lino de Almeida precisou ficar quatro horas. “Fiquei duas horas esperando a toa no banco. Depois me mandaram para cá. É muita gente e não tem dinheiro para todo mundo”, afirmou.
Mimoso do Sul
Em Mimoso do Sul, as calçadas estão tão lotadas em alguns pontos que pedestres são obrigados a caminhar na rua. Sem fiscalização, as pessoas se aglomeram e se expõem à contaminação do novo vírus.
“Tá um dia de movimento como qualquer outro dia. Só quem está sendo prejudicado são os comerciantes, pois as lojas não podem funcionar. E para piorar, nos bancos o sistema saiu fora do ar várias vezes”, disse, preocupado, o comerciante Marcelo Tunholi, 54.
Sem alternativa, a costureira aposentada Rosa Maria Medeiros da Silva, 52, enfrentou fila, mesmo com medo. “Sou uma pessoa doente e estou no grupo de risco. Eles deveriam andar mais rápido com o atendimento”, disse.
No dia do seu aniversário, o comerciante José Américo Nazareth, 53, passou a manhã na calçada, em frente ao banco, para receber seu pagamento. “A gente está passando humilhação aqui. Não tem dinheiro nos caixas”, lamentou.