Tutores de cães da raça golden retriever se reuniram neste domingo (28) no aeroporto de Brasília para uma manifestação em defesa da regulamentação do transporte aéreo de cachorros de grande porte.
A iniciativa foi motivada pela morte do cão Joca, um golden de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol, no dia 22.
Na ocasião, Joca foi despachado pelo seu tutor em São Paulo, com destino a Sinop (MT), em um avião da Gol. No entanto, a caixa foi colocada em um voo para Fortaleza. O cão retornou em seguida para São Paulo, porém morreu após oito anos de viagem.
Em nota, a companhia disse que se solidariza e lamentou a morte do animal. Também anunciou a suspensão por 30 dias de transporte aéreo de animais.
O protesto deste domingo foi promovido pelo Clube Golden de Brasília, em defesa do tratamento digno durante o translado dos animais.
Para a representante do clube Fernanda Machado, a iniciativa foi motivada pelo descaso das companhias aéreas no transporte de animais domésticos de grande porte.
Ela citou que são comuns casos de descuidos, como fuga dos cães durante o embarque e mortes durante o translado.
Raniela Resende levou seu golden chamado Oliver para a manifestação e disse que prefere viajar de carro porque não confia no serviço de transporte de pets oferecido pelas aéreas. Para Raniela, o transporte dos animais deveria ser feito em um espaço reservado dentro da cabine da aeronave.
“Eles são vida como qualquer outra. O ideal seria levar na cabine, eles são calmos. Os pequenos podem ir na caixinha”, sugeriu.
Atualmente, cães de grande porte são colocados em uma caixa de transporte e levados em um compartimento localizado no porão da aeronave.
Segundo as companhias, o local é pressurizado e não oferece risco aos animais, que não viajam junto com malas e cargas. Somente animais com até 10 quilos (kg) podem ser levados junto aos passageiros.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL