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Árvores ao lado da Matriz Velha foram cortadas por ameaçar patrimônio histórico

foto perfil anete3
Anete Lacerda

O corte de quatro árvores ao lado da histórica Igreja Nosso Senhor dos Passos, a Matriz Velha, no bairro Coronel Borges, em Cachoeiro. na terça-feira, causou grande insatisfação nos moradores do entorno.

Eles reclamam que não receberam nenhuma explicação por parte da Prefeitura de Cachoeiro, através da Secretaria de Meio Ambiente, que fez a supressão das arvores, nem do pároco da igreja, padre Evaldo Ferreira.

Mas quem fala o motivo da retirada das árvores é a Arquiteta e Urbanista Cora Augusta Duarte Aguieiras, Arquiteta e Urbanista que zela pelo Bem Cultural e afetivo da Comunidade local, como é o caso da Matriz Velha, cuja construção foi iniciada em 1879, concluída em 1882 e teve a benção inaugural no dia 10 de fevereiro de 1884.

Ele diz que a ação foi necessária como cuidado preventivo, já que elas vinham sendo monitoradas desde 2014 e que a supressão foi mais segura para a população, para o Patrimônio público e Patrimônio Cultural.

“É importante observar que o estado dessas árvores não comportava mais apenas podas, e o pedido feito pela igreja pela necessidade de corte foi reconhecido pela municipalidade”, esclarece Cora Aguieiras.

A arquiteta enfatiza que era visível a movimentação das raízes sob a calçada e que os danos iam além, atingindo e invadindo a estrutura da alvenaria lateral da edificação próxima às árvores.

“Havia também os riscos de transitar tanto dos pedestres, quanto cadeirantes, em função do passeio com nivelação  irregular por conta das raízes afloradas”.

Cora destaca ainda outros riscos iminentes, que seriam a queda de galhos robustos em copa que se encontrava ameaçando a alvenaria secular.

“Isso ocasionou patologias e impactos também na verticalidade externa do Patrimônio Arquitetônico tombado, avançando em direção  a rua e passagem de veículos”, reforça.

 

Ipês Amarelos

O ambientalista João Luiz Madureira, consultado sobre a retirada, diz que a princípio se opôs, mas que depois concordou, já que o fícus italiano, umas das árvores suprimidas, só é ideal na zona urbana em áreas muito grandes, uma vez que sua raiz está sempre a procura de água e pode entrar nos encanamentos e causar estragos.

“Existem muitas árvores que dão boa sombra, como os oitis da Praça de Táxi, mas quando elas foram plantadas, há mais de 80 anos, não se tinha tanto conhecimento de quais espécies seriam mais adequadas”.

Quanto às árvores da igreja, disse que pessoalmente já está procurando as mudas de ipê amarelo que serão plantados para substituir as suprimidas.

“Ela tem um crescimento mais demorado, não afeta a estrutura da igreja, mas mesmo assim será plantada dentro de manilhões”, ressalta.

João Luiz lembra que é um ardoroso defensor da natureza, mas que não dá para ficar indiferente aos riscos que a Matriz Velha, um patrimônio histórico, e local por onde a cidade começou, estava correndo.

“Não valeria o risco. Entendo que faltou comunicação da Secretaria de Meio Ambiente e da própria igreja. Os moradores deveriam ter sido informados”, pontua.

Mas João Luiz Madureira diz que tem um lado bom nessa situação, que é ver o quanto as pessoas se indignaram e se mobilizaram buscando explicação para o corte das árvores.

“As pessoas ficaram sensíveis. Houve uma mudança de postura, o que é muito bom para o futuro do planeta. Nós tentamos não suprimí-las até o último minuto”, ratifica.

A boa notícia, garante João Luiz, é que já na próxima semana o plantio dos ipês amarelos será feito.

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