A Polícia Civil identificou o corpo mutilado encontrado há três meses nas águas do Rio Itapemirim, em Cachoeiro de Itapemirim. É do jovem Higor Fabiano Rangel, 23 anos. Ele foi reconhecido pelos familiares.
O suspeito de cometer o crime, R. F. S. M., 28 anos, foi preso nesta segunda-feira (26). Ele confessou a autoria do assassinato e relatou que tomou a atitude depois de ser ameaçado, quando a vítima descobriu que estaria se relacionando com a mulher dele, esclarece o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Felipe Vivas.
Segundo a Polícia Civil (PC), o preso é o atual namorado da ex-mulher da vítima, que no mês de junho ligou para a delegacia de Cachoeiro para perguntar o que deveria fazer para registrar um boletim de ocorrência sobre um desaparecimento.
Ela também é investigada como suspeita de envolvimento no caso. Felipe Vivas esclarece que os depoimentos da companheira e as provas mostram algumas contradições em relação às declarações anteriores e atuais.
“Até que se prove o contrário, estamos tratando-a como suspeita do crime sim. É muita crueldade ver que o ser humano é capaz de um ato desse”.
Ele conta que após procurar a polícia e descrever a aparência do marido, a mulher falou de uma tatuagem que ele tinha no peito com o nome dos filhos.
O policial que a atendeu pediu que comparecesse ao Serviço Médico Legal para ver se o corpo encontrado no Rio Itapemirim no dia 28 de abril por populares próximo à Ponte do Arco, entre os bairros Coronel Borges e Baiminas, embrulhado em saco plástico preto, era o de seu marido.
O delegado Felipe Vivas relata que foi perguntado à companheira da vítima se ele tinha levado algo antes de sair de casa, e ela informou que levara alguns pertences pessoais.
“Nós juntamos elementos e provas nesse momento e representamos ao Poder Judiciário e a 1ª Vara Criminal expediu o mandado da prisão temporária”.
Vivas conta ainda que o assassino tentou apagar a tatuagem com o nome do filho da vítima, para dificultar a identificação do corpo, mas não obteve sucesso em sua tentativa, e que foi isso que permitiu a sua identificação, uma vez que o exame de DNA ainda não ficou pronto.
A forma como Higor Rangel foi assassinado ainda não foi esclarecida e a polícia ainda busca essa informação, informa o delegado.
O autor do crime foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP/CI), após os procedimentos de praxe e permanecerá recolhido à disposição da Justiça, complementa o delegado.