A partir da denúncia de uma leitora de Atílio Viváqua, consultamos a Secretaria de Estado da Saúde para que se posicionasse sobre a possibilidade da vacina Astrazeneca causar a Síndrome de Guillain Barré.
A mulher afirma que o irmão, de 45 anos, e outros moradores da cidade teriam adoecido após a vacinação conta a Covid-19, afirmando que a marca já teria sido suspensa em outros países exatamente por ter esse efeito colateral.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que a síndrome, que paralisa músculos, se manifesta quando o sistema imunitário do paciente ataca o sistema nervoso periférico.
Segundo a OMS a Guillain Barré ocorre então após quadros infecciosos, e ataca diversas raízes nervosas do corpo, causando fraqueza muscular e paralisia nos membros de uma hora para outra.
Consultada sobre a possibilidade, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) garante que em 2,7 milhões de doses de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no Espírito Santo, não há casos confirmados de eventos adversos graves relacionados nos pacientes que foram vacinados.
“ Os casos que se encontram em investigação representam cerca de 0,02% de todas as doses aplicadas”, assegura a nota da Sesa. Seriam aproximadamente 540 pessoas.
Mesmo diante de índice, a Sesa orienta aos pacientes que tiverem eventos pós-vacinais (casos leves ou graves) a notificarem os órgãos de saúde, através de hospitais públicos ou privados, para que haja a investigação e a definição de relação temporal ou causal.
A nota informa também que desde o início da vacinação contra a Covid-19, a Sesa tem fortalecido a vigilância dos eventos adversos.
O monitoramento é feito, segundo ele, em parceria com a rede nacional do Ministério da Saúde (MS) para o acompanhamento da efetividade e segurança das vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde.
“Todas as vacinas aprovadas no Brasil para controle da pandemia da Covid-19 são seguras e eficazes”, garante a Sesa, que ressalta ainda que a vacinação é a forma mais eficaz e segura de adquirir proteção contra uma doença infecciosa.
A Secretaria de Estado da Saúde encerra sua nota dizendo que as vacinas auxiliam na prevenção e diminuição do número de óbitos causados pela doença; no controle da epidemia e evitam que o paciente desenvolva um quadro grave.
Portanto, garantem, não há correlação do caso de Guillain Barré apontado pela leitora com a vacina aplicada.