O presidente Jair Bolsonaro anunciou na tarde desta quinta-feira (25) que o professor Carlos Alberto Decotelli da Silva, 67 anos, será o novo ministro da Educação. O decreto de nomeação foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União. É o primeiro negro a integrar a equipe de ministros do governo.
Em uma postagem nas redes sociais, Bolsonaro publicou uma foto ao lado de Decotelli e destacou sua formação acadêmica. “Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre pela FGV, doutor pela Universidade de Rosário, Argentina, e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”, escreveu.
O novo ministro ocupava até recentemente o cargo de presidente do Fundo Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, responsável por executar parte das ações da pasta relacionadas à educação básica em apoio aos municípios, como alimentação e transporte escolar. Ele entra no lugar de Abraham Weintraub, demitido na semana passada. É o terceiro ministro a comandar o MEC desde o início do governo Bolsonaro.
Segundo informações oficiais, Decotelli atuou durante toda a transição de governo após a eleição de Bolsonaro, em 2018, e ajudou a definir ideias e novas estratégias para as políticas educacionais da atual gestão.
Financista, autor de livros e professor, Decotelli fez pós-doutorado na Bergische Universitãt Wuppertal (Alemanha), é doutor em administração financeira pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), possui MBA em administração também pela (FGV) e é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
O novo ministro ainda passou pelas Forças Armadas como professor, e atualmente é oficial da reserva da Marinha. Nos bastidores de Brasília, Decotelli é considerado de perfil conciliador e moderado.
Repercussão
O secretário de Estado da Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo, desejou sorte ao novo ministro. “É uma pessoa que enquanto foi presidente do FNDE, teve diálogo com os secretários da Educação. Essa característica pode pautar sua doação como ministro para a gente ter com ele uma excelente relação. Desejamos sorte e um bom início ao novo ministro”, disse.
O governador Renato Casagrande espera também um bom diálogo com o novo titular do MEC: “Meu desejo é que o novo ministro seja bom de diálogo, equilibrado. É fundamental que a gente retire componentes ideológicos do debate educacional para fazer avanços. Meu desejo é esse”.
Com informações da Agência Brasil