Um misto de euforia, descontração, paz e amizade tomou conta do espaço de exposição do projeto “Bravas Mulheres”, que conta histórias inusitadas capazes de deixar apreciadores e curiosos encantados com o que veem na Casa da Memória, em Cachoeiro.

Foi assim o primeiro dia da exposição “Bravas Mulheres”. Quem entrou pôde descobrir o que elas foram capazes de fazer com a arte, a poesia, o agronegócio, o esporte, o ensino, e principalmente consigo mesmas, já que precisaram superar obstáculos até serem reconhecidas em seus ofícios e proezas da vida.

Muitos visitantes já conheciam a biografia de algumas das 17 Bravas e, no encontro de abertura da exposição, puderam ver de perto as protagonistas de histórias relevantes para a sociedade. Isso garantiu alguns momentos bem alegres e até surpreendentes para quem não esperava encontrá-las pessoalmente no evento.

Enquanto apreciavam os quadros, as fotos, ou liam e assistiam a exibição de vídeos contando a história de cada uma delas, os visitantes que compareceram à exposição, puderam degustar do café produzido exclusivamente por três Bravas, de Muqui, que fazem parte do projeto Póde Mulheres. Sim, elas sozinhas produziram a bebida e durante a exposição a ofereceram acompanhada de um pedaço de bolo e pão.

Demonstração

Para mostrar um pouco do seu trabalho de fisiuculturista, a Brava Núbia, fez uma demonstração com poses que mostravam seus músculos bem trabalhados. Teve também quem deixasse mensagens de incentivo, como foi o caso da Brava Liuzette, que foi professora e atualmente é diretora de escola

“Bonito, tudo muito bonito, gostoso, tranquilo e enriquecedor.” Assim resumiu o organizador do evento, o jornalista e diretor do jornal Dia a Dia, Alessandro de Paula, sobre o primeiro dia do Bravas Mulheres.

Além de quadros, a amostra reúne objetos pessoais ou utilizados no desempenho das profissões das mulheres em destaque na exposição.

“As pessoas curtiram muito conhecer as 17 Bravas que fizeram e ainda fazem história por onde andam. É gratificante saber que nosso objetivo de dar voz às mulheres que em seus universos femininos mostram força, garra, competência e sensibilidade. Cachoeiro hoje sabe que nossa cidade tem mulheres com muito potencial para contribuir com a sociedade”, afirma o organizador, orgulhoso pelo resultado do trabalho.

Mais homenagem

Para encerrar o dia de abertura (18), as Bravas Mulheres serão homenageadas na Câmara Municipal de Cachoeiro, às 17h30. Elas receberão um certificado com seus títulos, das mãos dos vereadores.

Horário de Visitas

A exposição só está começando. A mostra será realizada entre os dias 18 e 22 de dezembro, na sala Levino Fanzeres. Ela está situada na Casa da Memória, rua 25 de Março, Centro de Cachoeiro de Itapemirim.

O projeto conquistou o apoio da Lei Rubem Braga. Assim, o público poderá conferir essas histórias das 9h às 15h, na quinta-feira. Já na terça, quarta e sexta-feira, o horário é das 9h às 16h.

As Bravas Mulheres homenageadas

Adelmira Ventura Adão – vovó corredora aos 96 anos
Bárbara Gaspari – presidente do projeto Mova-se
Carla Andresa Nascimento Silva – capitã do Corpo de Bombeiros
Dalva Ringuier – ambientalista
Gracinha Sabadini – artista que produz as esculturas gordinhas
Irmã Maria Joana Otília – a mensageira do amor e Cachoeirense presente 2023
Jandyra Rodrigues Pinheiro – fundadora do Hospital Infantil
Jane de Oliveira – bióloga especialista em répteis
Luizette Azeredo Bittencourt – educadora e diretora escolar
Maria Laurinda Adão – mestra de caxambu Comunidade Monte Alegre
Marilene de Batista Depes – presidente da Academia Cachoeirense de Letras
Núbia Bazeth Silva – fisiculturista aos 50 anos
Patrícia Aparecida da Conceição Ladislau – contra-mestra Ligeira na capoeira
Póde Mulheres – a força feminina na produção de café
Regina Grafanassi – grande dama da elegância
Sabina Bandeira Aleixo – médica oncologista e fundadora da Casa de Pacientes do Câncer
Valéria da Silva Adão Afonso – artesã e agricultora familiar