A poluição de rios ou córregos gera impactos ambientais para todo o ecossistema local. Ao mesmo tempo, a qualidade da água disponível nos mananciais está diretamente relacionada com a eficiência do processo de tratamento da água que será consumida pela população. Com base nisso, a BRK chama a atenção para os problemas causados pelo lançamento irregular de esgoto em rios e córregos.
De acordo com o gerente operacional da BRK, Marcos Pontes, o esgoto não tratado altera a composição química da água, diminuindo o oxigênio disponível e afetando a vida aquática e o ecossistema local, o que se torna uma questão ambiental bem grave.
Além disso, explicou, economicamente, há o impacto na infraestrutura das cidades e no seu potencial turístico, impactando na valorização dos imóveis e na renda gerada pelo setor.
Atualmente, a concessionária de água e esgoto de Cachoeiro de Itapemirim mantém três frentes de obras que modernizam e ampliam o sistema de esgotamento sanitário do município para atender mais famílias. No momento, o índice de coleta e o tratamento de esgoto chega a 98,15% na cidade, sendo um dos mais altos do país, afirma a concessionária.
“Avançamos muito com o saneamento dos córregos de Cachoeiro, que já são mais de 90% saneados, incluindo os córregos em Amarelo, Cobiça, Córrego dos Monos, Ribeirão Floresta (Burarama), Vila Rica, Santo Antônio, Gilson Carone, Basileia e Valão. Já o Rio Itapemirim deixou de receber mais de 21 milhões de litros de esgoto sem tratamento por dia”, afirmou Marcos Pontes.
Ele alerta que, dentre as áreas mais afetadas pelo despejo de esgoto sem tratamento nos rios e córregos, estão a saúde pública, o meio ambiente e a economia, o que, consequentemente, impacta na qualidade de vida da população de um modo geral. Segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil, o país trata somente 50,75% de todo o volume de esgoto gerado. A média dos cem maiores municípios é de 64,09%.
Marcos Pontes explica que o esgoto doméstico é composto por água (99%) e sólidos (1%) que, em sua maioria, são materiais orgânicos em decomposição originados de fezes e de atividades humanas em pias, tanques, chuveiros, entre outros. Quando despejado nos rios sem tratamento, esse rejeito altera a composição natural do ecossistema, trazendo danos para a fauna e a flora aquática e os seres humanos que vivem no entorno.
A falta de sistemas de esgotos nas cidades também é um problema de saúde pública, pois o esgoto apresenta grande quantidade de poluentes e de agentes biológicos que podem causar doenças transmitidas pelo contato direto com os rejeitos.
Marcos Pontes acrescenta que, atualmente, Cachoeiro de Itapemirim dispõe de 11 Estações de Tratamento de Esgoto e mais de 260 quilômetros de redes coletoras, coletores-tronco e interceptores.