Familiares e amigos se despediram neste sábado (15), no cemitério municipal do bairro Coronel Borges, em Cachoeiro de Itapemirim, da desembargadora aposentada Catharina Maria de Novaes Barcellos, que morreu vítima de câncer na quinta-feira (13), em São Paulo.

Na sexta, o corpo da magistrada foi velado no Cemitério Parque do bairro IBC, que recebeu visitas de autoridades como o governador Renato Casagrande e o prefeito Victor Coelho, além dos amigos, colegas da área do direito e familiares.

Neste sábado, o corpo da desembargadora foi levado em cortejo no caminhão do Corpo de Bombeiros até o cemitério municipal. Ela foi sepultada às 10h50, após preces, cânticos, declarações emocionadas e uma salva de palmas.

“Ela foi uma mulher extraordinária, equilibrada e justa. Foi daqui de Muqui, foi juíza em minha cidade, quando morei em Castelo. Também pude conviver com ela, quando foi desembargadora. Perdemos uma excelente pessoa, mais do que uma boa profissional”, disse o governador.

Muito emocionado, o auxiliar de médico legista, Luiz Farias Alves, o Serrinha, afirmou que terá gratidão eterna à Catharina: “Sou grato a tudo que ela fez por mim. Me abraçou, me incentivou a estudar. Tudo o que sou devo a ela”.

Já a professora aposentada Maria Antônia Brito Vilella, 75, amiga de infância da desembargadora, disse que guardará boas memórias: “Éramos vizinhas, fomos criadas juntas. Uma pessoa humana, um espírito de luz, sempre pronta a ajudar e a servir. Deixou um legado”.

Neta da desembargadora, a advogada Fabrícia Vilella de Novaes Barcellos, 26 anos, afirmou: “Viveu a vida para a família. A felicidade dela era nos fazer feliz. Enfrentou uma batalha, persistiu, foi guerreira, nunca baixou a cabeça e foi assim até o fim. Essa memória é a que ficará para nós”.

A filha, a dentista Michelli de Novaes Barcellos Nicoli, afirmou que tem muito orgulho da história de sua mãe: “Foi a primeira juíza, a primeira desembargadora e a primeira vice-presidente do Tribunal de Justiça. Minha mãe é nosso orgulho. Ao mesmo tempo que era firme, era serena, uma pessoa boníssima”.