De acordo com o Corpo de Bombeiros (CB) de Cachoeiro, apenas no primeiro semestre de 2022 foram registrados 88 incêndios em vegetação no município. Desse total, 66 apenas no mês de julho.

Até agora, foram cerca de 100 chamados para atender ocorrências de queimadas em vegetação, reforça o CB. Na última semana, foram registrados incêndios de grandes proporções nos bairros Nossa Senhora Aparecida, Aeroporto e em São Joaquim.

E é exatamente para evitar novos casos devido ao tempo seco e à baixa umidade do ar que a Defesa Civil de Cachoeiro alerta para o aumento do índice de incêndios no município.

Situação que, segundo o órgão, tende a piorar com a escassez de chuvas. Devido a isso, apela à população que adote medidas simples, mas importantes, para diminuir o risco de incêndios.

Algumas orientações são: não jogar bitucas de cigarros nas margens de ruas e rodovias; não fazer uso do fogo próximo à vegetação (urbano ou rural); não queimar lixo ou descartes residenciais.

E também manter os lotes limpos sem usar fogo; conscientizar as crianças, pois, durante uma brincadeira de risco, podem acabar ocasionando um foco de incêndio; e molhar faixas de terras secas próximas a locais onde haja incidência de chamas.

Além de causar danos ao meio ambiente, as queimadas também afetam a saúde da população. Pessoas que sofrem com problemas respiratórios, como bronquite, asma, sinusite e rinite, são as mais afetadas.

A seca e a poluição do ar com partículas geradas pelas chamas pode agravar, ainda mais, as doenças.

O Coordenador Executivo da Defesa Civil de Cachoeiro, Carlos Miranda, diz que sem dúvidas, é um risco muito grande.

Ele lembra que como a vegetação está mais seca nesse período do ano, o vento propaga o fogo com muita facilidade, tornando o incêndio, por vezes, incontrolável.

“É importante salientar que atear fogo no lixo e em terrenos é considerado crime ambiental, previsto na lei federal nº 9.605/1988”, destaca que lembra, ainda, que a proibição também é aplicada às áreas particulares.

Caso moradores presenciem focos de incêndios, a primeira medida, de acordo com a Defesa Civil, é acionar o Corpo de Bombeiros, pelo 193, para combate às chamas.