Quem diria que um dia a robótica poderia dar suporte à cafeicultura. Não é ficção e está perto de se tornar realidade no Espírito Santo. A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), está desenvolvendo um robô para ajudar nas plantações capixabas.
“Alguns pesquisadores da Fapes tiveram a ideia de desenvolver um projeto que ajude em alguma área de destaque no Espírito Santo. Então surgiu a opção da cafeicultura, que é uma atividade que temos bastante reconhecimento, tanto nacional quanto internacionalmente”, afirmou o coordenador de Cafeicultura do Incaper, Abraão Carlos Verdin Filho.
Após ser procurado pela Fapes, Verdin se juntou aos pesquisadores e foi com eles a uma propriedade rural no município da Serra para mostrar uma lavoura e a realidade do campo. A ideia é desenvolver um robô de chão que possa auxiliar no controle de ervas daninhas.
“A utilização desse tipo de tecnologia é muito importante. Nós temos um Estado onde cerca de 70% da agricultura é familiar. Com isso, temos pouca oferta de mão de obra. Essa seria uma maneira para podermos suprir essa carência. Além do mais, o robô poderia fazer trabalhos mais pesados, por exemplo sob um sol muito forte, que agride a saúde do agricultor”, salientou Verdin.
O Incaper está auxiliando no desenvolvimento do projeto e, quando o protótipo estiver desenvolvido, participará também da realização dos testes. A perspectiva é que o robô esteja pronto para ser utilizado a partir de agosto deste ano.