A Câmara de Cachoeiro aderiu à campanha nacional “Sinal Vermelho para a Violência Doméstica”, lançada em junho do ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
A adesão foi oficializada nesta terça-feira (03). O objetivo da campanha é oferecer às vítimas de agressões familiares um canal de denúncia de maus-tratos e de violência doméstica.
O presidente da Câmara, Brás Zagotto (PV), diz que a violência doméstica é um problema de toda a sociedade, que precisa ser enfrentado pelas autoridades.
Segundo ele, o trabalho da Ouvidoria da Mulher da Câmara, que tem à frente o vereador Alexandre Maitan (DEM), tem sido importante para orientar os vereadores sobre a importância da matéria, e a própria adesão do Legislativo Municipal à campanha nacional se deu a partir de ações da Ouvidoria.
“É preciso envolver toda a sociedade com um trabalho de conscientização, para que possamos extirpar de vez esse mal que atinge a mulher e destrói tantas famílias”, afirma.
Treinamento dos servidores
O ouvidor da mulher, Maitan, junto com o vereador Juninho Corrêa (PL), é um dos autores da lei que cria a campanha Sinal Vermelho em Cachoeiro e principal articulador da adesão da Câmara à campanha nacional.
Com essa medida, afirma, em breve os servidores da Câmara serão treinados a reconhecer o sinal vermelho, identificando as vítimas, e a tomar as providências que levarão ao acolhimento dessas mulheres e à punição dos agressores.
“A campanha é voltada para as mulheres que têm dificuldade para prestar queixa de abusos, por vergonha, medo ou por estarem sob constante vigilância”, explica Maitan.
Um material informativo sobre a campanha foi postado esta semana no site da Câmara Municipal de Cachoeiro, explicando seu funcionamento.
Para pedir ajuda mesmo em silêncio, basta que as vítimas apresentem um X vermelho na mão, desenhado a batom, por exemplo, para que o seu interlocutor, seja no comércio ou em qualquer outro local onde esteja, acione a polícia.
Segundo Maitan, além de incluir a Câmara oficialmente na campanha, também é objetivo da Ouvidoria promover articulações para que outras instituições de Cachoeiro participem diretamente da campanha.
“Queremos ampliar essa rede de atenção, para que as mulheres se sintam mais seguras e os agressores saibam que estão perdendo espaço”, finaliza.