Já está em casa desde a tarde desta quarta-feira (10) o caminhoneiro Márcio Rodrigues, de 37 anos, que foi assaltado e sequestrado na noite de segunda (8) em Santa Cruz, Rio de Janeiro.
Conhecido com “Bin Laden”, o caminhoneiro conta que ficou dois dias numa casa com o som da TV muito alto e encapuzado, e que não sabe quantos eram os homens envolvidos no assalto.
“Eles não me agrediram. Ao que tudo indica eles queriam só o caminhão. Ele vale R$ 250 mil”, destacou o caminhoneiro, que informa que o veículo tinha seguro.
Segundo “Bin Laden” depois de dois dias no cativeiro, os bandidos o colocaram num carro de passeio e o libertarem, por volta de 00h30 na beira da Via Dutra , momento em que pediu carona a um estranho para levá-lo a uma delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência.
“Quando me libertaram eu avistei um motorista que tinha parado para urinar. Ele se assustou, mas me levou. Foi solidário comigo ”, enfatizou.
Já na delegacia, o caminhoneiro ligou, por volta das 2h de quarta (10) para esposa do telefone do delegado, já que os ladrões, além do caminhão, levaram o dinheiro do frete e o seu celular, e este era o único número que sabia de cor.
“O delegado foi muito bom comigo. Fiquei preso naquilo pensando em quem estava aqui fora”, revelou.
Esposa deu alerta pelas redes sociais
Segundo a esposa Nilcéia Rodrigues ela e o marido se falam todos os dias e por isso estranhou quando ele parou de responder às mensagens no Whatsapp.
“Eu dei bom dia e ele não respondeu. Mas nem sempre pode responder na hora. Só que não fez mais contato.”, revelou.
Nilcéia relatou ainda que a preocupação aumentou quando o patrão dele ligou para saber se Márcio tinha chegado da viagem e ela informou que não tinha chegado e nem dera notícias.
“Imediatamente ele acionou a Central de Rastreamento, que detectou que o rastreador foi desligado por volta das 21h em Duque de Caxias.”
A esposa contou que ficou desesperada e começou a acionar os grupos dos caminhoneiros e a postar nas redes sociais e que se sentiu aliviada quando o telefone tocou de madrugada.
“Apesar dele estar muito nervoso, sem conseguir explicar direito o que aconteceu, foi um alívio quando ouvi a sua voz”, finalizou.