Os candidatos ao governo do Estado estão recebendo uma carta compromisso com demandas de fortalecimento e valorização das mulheres nos espaços políticos e de poder.

O documento já foi entregue ao governador e candidato à reeleição Renato Casagrande (PSB).

A carta é assinada pelo Instituto Mulheres no Poder (IMP) e por mulheres que estão disputando cargos eletivos nesta eleição.

A presidente em exercício do IMP, Lourdes Catarinozi, ressaltou que o objetivo da carta é incentivar a presença da mulher em todos os espaços de poder e de decisão que garantam respeito pela trajetória feminina.

“Trabalhamos pelo protagonismo feminino sempre e em todo lugar”, enfatizou.

Entre as propostas constantes no documento estão a criação e estruturação da Secretaria Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, com objetivo de desenvolver ações para as meninas e as mulheres, estendendo as mesmas políticas aos 78 municípios capixabas.

O IMP quer ainda que o candidato eleito assuma o compromisso de garantir orçamento necessário para o funcionamento dos programas prioritários definidos na Secretaria Estadual da Mulher.

Lourdes disse que a expectativa é que o documento mereça a atenção do governador eleito.

“Também pedimos a composição das secretarias de governo com paridade entre homens e mulheres, com recorte racial”, ressaltou.

Outra proposta é a criação de espaços ou a realização de convênios com casas de passagem para receber mulheres vítimas de violência doméstica com seus filhos.

Por outro lado, o documento defende ainda o desenvolvimento de programa ou campanha de ressocialização para homens agressores, por meio de uma certificação de integração ao programa social Homem que é Homem, da Polícia Civil.

A presidente licenciada do IMP e candidata a deputada federal, Flávia Cysne, diz que esta entrega aos candidatos é de fundamental importância na busca por equidade para a ocupação de cargos no governo de pessoas comprometidas com as causas femininas.

“Não estamos falando de benefícios pessoais e favorecimento ilícito. Estamos falando de dar oportunidade às mulheres de ajudarem a desenvolver ações que beneficiem a todas as mulheres capixabas, especialmente as vítimas de violência”, disse.

Flávia conclui: “É preciso que se lute pelo espaço da mulher nos espaços de poder sem que isso seja beneficiamento pessoal, mas luta coletiva pelo protagonismo feminino”.