O governador Renato Casagrande afirmou nesta segunda-feira (7), pelo Twitter, que recebeu do presidente da Samarco, Rodrigo Alvarenga Vilela, a informação de que a empresa receberá ainda este mês o aval para a retomada das operações.
“Em reunião com o presidente da Samarco, em BH, fui informado que até o dia 25 deste mês a empresa receberá a licença definitiva para retomada das operações em Anchieta e, durante o segundo semestre de 2020, reiniciará as atividades com 26% da capacidade”, anunciou o governador, que participou de uma reunião com a direção da empresa, em Belo Horizonte.
Casagrande destacou a importância da retomada da empresa para o desenvolvimento do Estado e de toda região Sul.
“A possibilidade de retomada mesmo que parcial é importante para o Estado, principalmente para o Litoral Sul capixaba. Gera expectativa de mais emprego e atividade econômica. Atendidas às exigências ambientais é importante que se retome”, afirmou o governador.
Participaram da reunião: o secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffman; o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Maurício Duque; e o gerente de Meio Ambiente da Samarco, Márcio Perdigão.
As licenças ambientais definitivas deverão ser emitidas até o dia 25 deste mês, de acordo com o presidente da mineradora. As operações em Mariana (MG) começam imediatamente após a emissão das permissões.
Paralisação
As atividades da mineradora foram interrompidas em 2015, quando a barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu com milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério, deixando 19 mortos e um rastro de destruição.
O acidente teve reflexos no meio ambiente do Espírito Santo. A lama de rejeitos que atingiu o Rio Doce provocou prejuízo em Baixo Guandu, Colatina, Linhares e São Mateus.
A mineradora operava em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, e a paralisação de suas atividades afetou negativamente a economia da cidade.
Termo de compromisso
Em 9 de setembro, a Samarco, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Aecom do Brasil firmaram um termo de compromisso com objetivo de acompanhar, por meio de auditoria técnica independente a ser contratada pela mineradora, a eventual retomada das operações da empresa em Mariana (MG). A assinatura do documento aconteceu em Belo Horizonte.
O acordo, segundo o Ministério Público, prevê a auditoria dos projetos e planos de mitigação de riscos para a execução das atividades de fechamento da barragem de Germano, cava de Germano e diques de Sela, Selinha e Tulipa.