A Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, colheu novas informações sobre o caso do ciclista morto no mesmo município no dia 28 de junho. Durante interrogatório feito nesta quinta-feira (7), o filho da vítima deu novos detalhes sobre o crime.
O homem revelou à Polícia que o crime foi premeditado, caindo em contradição em relação à versão que foi dada inicialmente. “Segundo o filho da vítima, ele preparou uma jarra de suco de maracujá com 30 comprimidos de clonazepam dissolvidos e ofereceu para seu pai, que voltou para a casa após um circuito de ciclismo. Posteriormente, após a vítima ingerir todo o conteúdo da jarra, a nora da vítima se dirigiu até o homem e perguntou se ela havia permissão para matar o senhor, afirmando que só o executaria mediante sua permissão”, disse o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cachoeiro de Itapemirim, delegado Felipe Vivas.
Segundo o delegado, a permissão foi concedida, e a mulher avançou contra Duramir, lhe desferindo um golpe na altura do peito, que não resultou em sua morte. “Após errar o golpe, a mulher disse para seu marido executar a vítima pois ele ainda estava vivo. Nesse momento, o senhor implorou por sua vida, pedindo para que seu filho não o matasse, porém, o pedido de piedade não foi suficiente, e o homem desferiu mais seis golpes de faca no homem, em seu peito e suas costas. A nora de Duramir finalizou dando um corte em sua jugular”, contou.
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Quando questionado sobre a motivação do crime, o suspeito respondeu que sua esposa e ele haviam planejado o assassinato para ganhar uma herança, que seria destinada ao filho do casal, visto que sua esposa havia relatado que estava grávida. A suposta gravidez foi desmentida pela Polícia Civil durante diligências realizadas para a prisão da suspeita e, após receber essa informação, o acusado disse que não sabia que ela estava mentindo. Ele também relatou que consideraram outros dois membros da família como alvos.
Após matar Duramir o casal se dirigiu até a localidade de Estrela do Norte, em Castelo, onde atearam fogo no corpo. O suspeito contou que, após verificar que o cadáver estava totalmente incinerado, ele desferiu golpes contra o crânio para que este ‘desaparecesse’. Posteriormente, o casal voltou para Cachoeiro e seguiu até uma padaria, onde tomaram café da manhã. Segundo o delegado Felipe Vivas, a frieza do casal assusta. “Na propriedade, eles colocaram o corpo em uma fossa seca, jogaram 3 litros de combustível no local e atearam fogo duas vezes. De manhã cedo, eles retornaram para o município e foram para a padaria tomar café. É uma frieza que assusta”, disse o delegado.
Ambos os suspeitos foram conduzidos até o Sistema Prisional, onde estão à disposição da Justiça. A investigação segue em andamento.