O Projeto Homem que é Homem, da Polícia civil do Espírito Santo, que atende em grupos reflexivos, autores de violência contra a mulher, foi implantado na quarta-feira(23) em Castelo, a 13ª cidade capixaba que acolhe a iniciativa.
Nos encontros, os agressores são levados a refletir sobre as relações de gênero, formas pacíficas de lidar com os conflitos, identificação e reflexão a respeito das violências vivenciadas nas suas relações, bem como aspectos relativos à relação familiar, esclarece a coordenadora do projeto, delegada Natalia Tenório Sampaio.
Ela esclarece que as reuniões acontecem uma vez por semana e totalizam oito encontros, organizados por uma equipe psicossocial formada por psicólogo e assistente social. No primeiro, o agressor é intimado judicialmente e obrigado a participar. Depois, a permanência e frequência aos demais é voluntária.
“A abordagem, portanto, é preventiva e socioeducativa”, destaca Natalia. Castelo é a 13ª cidade a implantar o “Homem que é Homem”.
O projeto vem sendo desenvolvido também nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Linhares, Marataízes, Aracruz, Colatina, Guarapari, Viana, Montanha, São Gabriel da Palha.
As cidades de Cachoeiro do Itapemirim, que já teve o projeto, e São Mateus, concluíram todo o trâmite para a execução da iniciativa. As datas de lançamento ainda não foram divulgadas.
Para a chefe da Divisão Especializada da Mulher, delegada Claudia Dematté, ocombate a violência doméstica e familiar contra a mulher é prioridade. “Todos os esforços para combater este tipo de violência, de maneira integral e efetiva, está sendo feito no Estado. Para além do enfrentamento, numa maneira preventiva, mantém-se firme na necessidade de reprimir, a exemplo da realização rotineira, das ‘Operações Marias’”, destaca a delegada Claudia Dematté .
SAIBA MAIS
– O Projeto Homem que é Homem foi lançado em 2015 e idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES);
– Foi elaborado com a finalidade de contribuir para a redução da violência contra a mulher no Estado, atuando numa perspectiva preventiva (sócio educativa);
– Tendo em vista os excelentes resultados atingidos, a partir do ano de 2017 a Polícia Civil do Espírito Santo passou a expandi-lo para municípios do interior do Estado, após estabelecer parcerias com as prefeituras municipais interessadas em executar o projeto em seus territórios;
– A partir do ano de 2019, o Projeto foi inserido no eixo de proteção social do Programa Estado Presente em Defesa da Vida , fazendo com que o projeto fosse para os municípios do interior, com o objetivo de reduzir a violência, garantindo a redução de vulnerabilidades e promoção de cidadania a todo Estado, em que pese a priorização de alguns territórios.