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Foto: Beto Barbosa

Começa julgamento de tragédia que matou 11 pessoas na BR 101

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Alessandro Araujo de Paula

Começou na manhã desta quinta-feira (7) o julgamento dos réus Wesley Rainha Cardoso, motorista do caminhão, e Marcelo José de Souza, proprietário do veículo, acusados pela tragédia que deixou 11 mortos e nove feridos na BR-101, em Mimoso do Sul.

O acidente aconteceu em 10 de setembro de 2017 e envolveu um grupo folclórico de dança alemã que retornava de uma apresentação em Juiz de Fora, Minas Gerais.

O júri é realizado no Fórum de Mimoso do Sul e atraiu familiares das vítimas, que se manifestaram em frente ao local pedindo justiça. Eles vieram de Domingos Martins em uma van cedida pela prefeitura e em carros próprios.

Foto: Beto Barbosa

Segundo a denúncia do Ministério Público, Wesley Cardoso responderá por 11 homicídios dolosos e nove tentativas de homicídio, sob a acusação de ter agido com imprudência ao tentar uma ultrapassagem em local inadequado, transportando uma carga de granito sem autorização e acima do peso permitido.

Já Marcelo de Souza, o proprietário do caminhão, é acusado de homicídios e lesões corporais culposas, devido à omissão na contratação e falta de condições adequadas do veículo. Ambos os réus, conforme o MPES, contribuíram para a tragédia ao não respeitarem as normas de transporte de carga e segurança.

Os familiares das vítimas, a maioria deles moradores de Domingos Martins, chegaram em vans e veículos particulares para acompanhar o julgamento e homenagear os que perderam a vida.

“Esperamos que a justiça seja feita, pois já está muito claro que havia negligência,” afirmou Carlos Bermudes, advogado das famílias.

A expectativa é que a audiência dure pelo menos dois dias devido ao número de testemunhas e às provas a serem apresentadas.

Relembrando a tragédia que abalou uma cidade

O trágico acidente ocorreu na noite de 10 de setembro de 2017, na BR-101, altura de Mimoso do Sul, envolvendo quatro veículos: um caminhão carregado de chapas de granito, um micro-ônibus com o grupo de dança Bergfreunde, uma carreta transportando cerveja e um carro de passeio.

A Polícia Rodoviária Federal afirmou na época que o caminhão tentou uma ultrapassagem perigosa em alta velocidade e perdeu o controle, invadindo a pista contrária e colidindo com o micro-ônibus.

Com o impacto, o micro-ônibus também foi arremessado para a outra faixa, batendo contra a carreta de cerveja. O choque fez com que ambos os veículos pegassem fogo, e um Ford Ka, que estava logo atrás, também se envolveu no acidente ao atingir as pedras espalhadas na rodovia.

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O motorista do caminhão, segundo investigações, não possuía permissão para transportar cargas de granito, e a velocidade registrada era superior ao limite permitido na via.

Além disso, o caminhão estaria com um peso acima do permitido, o que comprometeu ainda mais a segurança do transporte.

A tragédia provocou grande comoção em Domingos Martins, onde moravam as vítimas.

O que eles dizem

“Meu filho, Pedro Lucas, estava cheio de vida, e de repente tudo acabou. Esperamos que a justiça seja feita e que eles sejam condenados. Sete anos se passaram e ainda não temos paz, nem a empresa nos procurou para ajudar ou dar uma palavra. Sabemos que eles estavam totalmente errados e ainda temos que provar. Não sabemos o que vai acontecer”.

Anelize Saar, mãe de Pedro Lucas, uma das vítimas da tragédia.

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“Meu irmão morreu naquele dia junto com outras 10 pessoas, vítimas de uma imprudência. O caminhão ultrapassava outro caminhão na subida e quando foi voltar para a direita, as chapas se soltaram e atingiram o ônibus. A gente vive um luto sem fim desde aquela data, perdemos familiares, amigos queridos e aguardamos a condenação, que eles paguem pela imprudência, pela irresponsabilidade”.

Alessandra, irmã do motorista do micro-ônibus, morto no acidente.

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“Acredito que foi uma fatalidade. Não houve intenção de machucar ninguém, e não acredito que meu irmão tenha alguma culpa, pois ele era apenas o proprietário. Foi uma situação trágica, mas acredito na Justiça, que a verdade virá à tona e que eles sejam inocentados.”

Sérgio de Souza, irmão do proprietário do caminhão.

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