Pensamentos à flor da pele, sentimentos intensos, tudo parece distante e, ao mesmo tempo, tão perto.
Sinto uma vontade de brigar, discutir, me exaltar… No entanto, percebo, que já não vale mais à pena.
É, as coisas têm mudado dentro de mim e eu sinto que já não estamos mais em sintonia um com o outro.
As risadas são mais escassas, os abraços e os beijos cessaram e tudo que um dia era um sonho, tornou-se algo gélido e escuro.
Não entendo onde foi que tudo mudou, só sei que mudou e dentro de mim há um abismo.
Esse abismo me suga para um lugar de inércia e de insatisfação com tudo, e essa situação me deixa à beira de nervos.
Tudo bem, sei que já não somos mais os mesmos, mas cessar o encanto que eu tinha por você, assim, parece até que foi ilusão.
A minha admiração ainda continua, mas algo mudou… Não sei, esfriou. Esfriou o sentimento, esfriou o relacionamento.
Sinto falta de quando a paixão estava acessa. Algo era diferente, o toque, o beijo, o abraço, tudo era um encanto!
Agora, só me resta os restos de gelos que tomo a cada amanhecer.
Penso e reflito sobre tudo isso e me pergunto se ainda vale a pena, se um dia existiu amor ou se foi tudo uma ilusão.
Tento me apegar as coisas boas, mas a realidade me puxa para dizer que eu estou certa em entender tudo como mais um livro que terminou.
Sem próximos capítulos para escrever e sem novas histórias para contar. Apenas seguir, trabalhar e estudar…
Eu sinto uma parte de mim se perdendo, outra parte se quebrando e a outra se movendo…
Entendo que tudo é uma escolha, e que das escolhas que fizemos, tudo foi para um dia chegar ao fim.
Mas que fim estamos preparados para ter? Que tipo de escolhas poderemos fazer? Como cultivar as lembranças boas de um relacionamento tão difícil?
É tão complicado, mas é por isso que é preciso reflexão. Colocar na balança e ver se vale a pena ou não.
Tudo que eu faço me lembro de você, mas vejo que não é recíproco, e que nada do que eu faço faz você me escolher.
E, novamente, tudo bem. Eu entendo, mesmo sem entender, mas compreendo mesmo sem compreender.
É, essa dicotomia é um fato e não deixa as coisas mais fáceis. Mas o que eu desejo é que as coisas se encaixem onde devem se encaixar.
Para que ambos os lados saibam escolher e que no futuro tudo possa mudar.