Se você busca qualidade de vida e tratamentos que evitem os medicamentos, a osteopatia pode ser uma alternativa para quem sofre de lombalgias, dorsalgias, cervicalgias, escoliose, hérnia de disco e dores nas articulações.
A terapia é baseada na teoria de que o corpo é capaz de criar seus próprios medicamentos contra doenças quando está equilibrado em sua estrutura e conta com condições ambientais favoráveis e nutrição adequada.
Ela prioriza o estudo biomecânico e técnicas manipulativas para detectar e corrigir falhas na estrutura do corpo, explica a fisioterapeuta Lucille Mucelini.
“Nós procuramos, através da osteopatia promover a restauração da mobilidade articular e dos tecidos em geral. As alterações adaptativas que o corpo vai sofrendo ao longo da vida propiciam o aparecimento das lesões”, destaca.
O criador do método, Andrew Taylor Still, dizia que quanto maior a quantidade de adaptações causadas por mecanismos disfuncionais, menor é a capacidade de defesa do indivíduo e é por isso que o corpo exige ser tratado, enfatiza Lucille.
Mas a fisioterapeuta alerta: a osteopatia é uma ciência que envolve profundo conhecimento anatômico, fisiológico e biomecânico de todo corpo. O método relaciona todos os sistemas corporais para formular hipóteses diagnósticas através do raciocínio clínico e, assim, aplicar o tratamento de forma eficaz.
Embora pareça igual aos outros métodos de terapia manual, Lucille Mucelini esclarece que o tratamento se diferencia ao trabalhar de forma integral, proporcionando condições para que o próprio organismo busque o equilíbrio, aliviando as dores e tornando os sistemas corporais mais organizados.
Para a fisioterapeuta, que trabalha há 19 anos utilizando diversas técnicas para recuperação de dores articulares, os principais benefícios do tratamento é que permite avaliar e identificar a causa da dor ou disfunção. Além disso, potencializa a capacidade de cura dos pacientes através de técnicas de manipulação.
“Utilizamos o tempo todo as mãos com o objetivo de devolver a função do segmento corporal afetado”.
Quanto a duração do tratamento, a especialista diz que só é possível dizer após a análise do paciente e que tudo vai depender da frequência das sessões e da resposta do organismo, de acordo com as individualidades de cada um.
“O campo de tratamento da osteopatia é muito amplo, pois abrange todo o corpo humano. Ao devolver a mobilidade adequada das articulações e músculos, os sintomas tendem a diminuir e o corpo restabelece a função”, conclui Lucille Mucelini.
Bem-Estar
Kiuanne Diniz, 27 anos, é adepta da osteopatia desde os 21. Conta que chegou ao osteopata após travar a coluna pela segunda vez.
“ O médico especialista com quem me consultei me deu perspectivas muito frustrantes sobre minha mobilidade após a descoberta de três discopatias. O tratamento era o padrão, de inicialmente 10 sessões de fisioterapia e ‘depois a gente ia vendo o avanço’”, relata.
Ela diz que em uma conversando com o professor do Muay Thay, que também é atleta e compete, ele indicou o osteopata que cuidava dele e que esse foi o primeiro contato dela com a técnica.
Segundo Kiuanne, o profissional explicou sobre boa parte do funcionamento do corpo, emoções e de cicatrizações e fez um levantamento geral do corpo como um todo, não apenas visto como partes distintas.
“Eu sempre vi vídeos na internet sobre como funcionava, porém nunca achei que seria algo próximo ou até mesmo necessário pra minha realidade e saúde. Quando eu fui para a consulta só esperava retomar minha mobilidade e parar as dores, mas saí de lá com soluções musculares e de ossatura que nem imaginava que precisava”.
Kiuanne enfatiza que o tratamento excedeu todas as suas expectativas e que se pudesse faria o tratamento até com mais frequência.” Todos deveriam ter acesso à bons osteopatas porque realmente fazem diferença na saúde”.