O Espírito Santo registrou um crescimento de 11% na aplicação de crédito rural no primeiro semestre do ano-safra 2024-2025, destacando-se como a única unidade da federação brasileira a apresentar aumento nesse indicador.
Enquanto no cenário nacional o crédito rural teve uma queda média de 23%, o estado aplicou um montante recorde de R$ 5,1 bilhões entre julho e dezembro de 2024, superando os R$ 4,7 bilhões do mesmo período do ano anterior.
Segundo a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), foram realizadas 25,6 mil operações de crédito para diversas atividades agrícolas capixabas durante o período.
Os dados foram apurados pela Gerência de Dados e Análises da Seag, com base em informações do Banco Central.
“O Espírito Santo se destaca como um exemplo de resiliência e eficiência no uso do crédito rural, mesmo diante de um cenário nacional adverso. Esse aumento reafirma o compromisso do Governo do Estado em promover um ambiente favorável ao desenvolvimento das atividades agropecuárias e ao fortalecimento do setor produtivo capixaba”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Plano de Crédito Rural
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👉 Entrar no GrupoO crescimento é atribuído ao Plano de Crédito Rural 2024/2025, lançado em julho de 2024 pelo Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, instituições financeiras e organizações representativas dos produtores rurais e pescadores.
Participaram do programa bancos como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banestes, Sicoob-ES, Sicredi e Cresol.
Bergoli enfatizou a importância do crédito rural como ferramenta para modernização, expansão e aumento da produtividade no setor agropecuário: “Estamos no caminho certo, investindo em um ambiente favorável à produção e assegurando condições para que nossos produtores possam acessar o crédito com segurança e prosperidade.”
Modalidades de aplicação
O crédito rural no estado foi distribuído entre diferentes finalidades, com destaque para o crescimento nas modalidades de custeio, investimento e comercialização:
- Custeio: A aplicação nessa modalidade cresceu 16,6%, passando de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,4 bilhões. O custeio cobre despesas inerentes a um ciclo de produção, como beneficiamento e armazenamento.
- Investimento: Registrou aumento de 3,7%, de R$ 1,39 bilhão para R$ 1,44 bilhão, sendo utilizado para reformas, compra de equipamentos e obras de irrigação.
- Comercialização: Apresentou crescimento de 11,8%, indo de R$ 1,05 bilhão para R$ 1,18 bilhão, auxiliando na venda de produtos no mercado.
- Industrialização: A única modalidade com queda, de 4,3%, caiu de R$ 58,4 milhões para R$ 55,9 milhões. Esse crédito é voltado para a industrialização de produtos agropecuários.