Uma criança de Guaçuí foi atingida no olho por um disparo de arma de gel e corre o risco de perder a visão.
Segundo informações apuradas pelo Dia a Dia, a criança, que estuda em uma escola municipal de ensino fundamental da cidade, foi inicialmente atendida no hospital local, mas devido à gravidade do ferimento, precisou ser transferida para Vitória.
Após avaliação médica, foi decidido o encaminhamento para São Paulo, onde deve passar por uma cirurgia especializada no olho atingido.
De acordo com o 3º Batalhão da Polícia Militar, a polícia está analisando imagens para tentar identificar os autores do disparo.
“Estamos buscando vídeos para identificar os responsáveis. Infelizmente, havia muitas pessoas envolvidas no momento”, informou a PM.
Na noite do fato, os militares precisaram intervir para dispersar o grupo, que bloqueava parte da via e realizava disparos de esferas de gel contra pedestres, veículos e residências.
Durante a ação, os policiais foram hostilizados com pedras, bolinhas de gel e pedaços de madeira, o que resultou em danos a uma viatura.
Para conter a confusão, foram utilizados spray de pimenta e outros instrumentos de menor potencial ofensivo.
Seis pessoas foram detidas portando armas de gel e balaclavas — uma delas com mandado de prisão em aberto por furto. Os materiais apreendidos foram encaminhados à 6ª Delegacia Regional.
Uso de armas de gel é proibido no Brasil
As chamadas armas de gel são consideradas simulacros de armas de fogo e têm uso proibido pela legislação brasileira.
O Decreto Federal nº 11.615/2023, que regulamenta o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), proíbe a fabricação, venda, importação e uso de brinquedos ou réplicas que possam ser confundidos com armas reais, salvo em casos específicos com autorização do Exército.
O Inmetro também já alertou que essas armas não são reconhecidas como brinquedos e não possuem selo de certificação. Além do risco de confusão com armas reais, os disparos podem causar ferimentos graves, especialmente nos olhos, e deixar sequelas permanentes.
As autoridades reforçam o alerta a pais e responsáveis, orientando que não permitam o uso ou a compra desses produtos, que representam riscos sérios à segurança e à integridade das crianças e adolescentes.
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