ARTIGO: Alice Batista de Avelar, advogada, MBA em Auditoria Digital e Direito Tributário, apaixonada por moda e estilo.
“Antes de comprar, é preciso saber qual a utilidade daquela peça na sua vida” Alexandra Farah
O ano de 2020 foi um ano bastante difícil para todo o mundo. A pandemia trouxe situações onde tudo que se tinha eram incertezas, todos os setores que movimentam a economia mundial se depararam com o ‘reinventar-se’.
Sabemos que a indústria da moda movimenta muitíssimo a economia em diversos países e, em um cenário onde foi preciso muita reflexão, reinvenção e resiliência, a moda precisa estar de mãos dadas, ou melhor seria, estar casada com um propósito maior: a sustentabilidade.
O conceito moda sustentável não é novo, mas diante de tantos acontecimentos é necessário que a indústria da moda repense conceitos, estratégias, meios de produção e comercialização.
Precisamos dar atenção ao impacto, por exemplo, da produção de determinado produto no meio ambiente, à utilização de materiais que degradam o ecossistema, ao consumo desenfreado de roupas sem uma organização e sem nenhum propósito que não seja só seguir tendências que chegam uma atrás da outra e que passam rápido demais.
É preciso hoje e mais do que nunca uma análise sustentável daquilo que compramos, uma mudança de pensamento que leve ao consumo de forma consciente.
E é sobre isso que trata a curadoria de moda: sobre escolher de forma inteligente suas roupas, sobre construir um guarda roupa sustentável, sobre investir em peças que não vão cair de moda e deixar de serem usadas em poucos meses.
A moda sustentável não se baseia no consumo por impulso, mas sim no respeito pelo meio ambiente, no bom gosto para escolher roupas que combinam entre si, no olhar aguçado que sabe encontrar peças que não são novas e nem do último lançamento, mas que tem personalidade, que compõem um estilo seguro e único de quem se expressa através das roupas e não de quem se deixa ser escravo delas.